terça-feira, 22 de setembro de 2009

Lembrete

Em apenas 28 anos de vida, realizei todos os sonhos que um dia sonhei.

Mesmo o dia que eu fique mais triste, não posso esquecer de como sou sortuda com isso.

sábado, 19 de setembro de 2009

Exercício de valorização


Para muitos que lerão estas palavras, tudo vai parecer muito óbvio. Pessoas que se valorizam, não precisam ler nenhuma frase a seguir. Este texto são para as pessoas tais como eu não sabem o seu real valor.

A baixa-estima sempre foi presente na minha vida. E por conta disso, vários outros problemas vieram a seguir. Falta de confiança em si próprio, não ter noção do meu valor, insegurança, carência excessiva, distorção da minha imagem física e etc.

Alguns psicólogos já me disseram que quando temos um padrão de pensamento ruim, temos tendência de corroborar estes pensamentos com atitudes que confirmem estas crenças que não são verdadeiras.

Por exemplo: Joãozinho uma vez tirou nota ruim em matemática, só foi uma vez. Como foi uma nota zero, todos lembravam apenas desta nota ignorando todas as outras notas boas que ele havia tido antes. Ele cresceu acreditando que era ruim em matemática, pois todas pessoas ao seu redor lembravam deste zero e achavam graça. Toda vez que Joãozinho tinha prova de matemática, ele já chegava derrotado, ELE SABIA que a nota seria baixa. Ele já fazia a prova sem prestar muita atenção, assim continuou sendo um aluno péssimo nesta matéria.

O Joãozinho tem uma crença que o impede de realmente ser razoável em matemática, porque ele acredita mesmo que ele é ruim e nada pode mudar isso. E toma atitudes que reforçam este pensamento.

Comigo o processo de não valorização é bem semelhante. Acabo tomando atitudes que reforçam que tenho pouco valor. Acabo valorizando pessoas mais do que a mim mesma. E assim eu acabo me enterrando na própria cova que eu cavei.

A vida está me dando a chande de enfrentar a minha desvalorização. Várias situações estão ocorrendo para que eu encontre o equilíbrio da entrega, da força e do meu valor. É o meu momento de dizer sim e o de dizer não com total segurança, para dar respostas imediatas e precisas ou outras que merecem alguma reflexão.

O post anterior me expôs muito e de uma maneira geral, tenho me exposto muito por aqui. A fase realmente é muito reflexiva e o blog me ajuda a organizar meu pensamentos. Escrever é algo que me deixa em paz.

Eu bati a porta do carro e ouvi meu silêncio berrando, enfrentei o urso, dei vários chega pra lá em homens comprometidos, assumi meu lado romântico, penso na minha felicidade, tento me comover com o outro e estou reconhecendo o mal que já fiz por aí. Porque é muito fácil ser a vítima, mas muito difícil reconhecer o seu lado algoz.

De acordo com as situações tenho tomado atitudes que melhoram meus padrões de comportamento. As vezes exagero nas reações como foi o caso do carro, em outras reconheço meus defeitos do passado. Percebo que dei muito valor as pessoas que não mereciam. Mais tudo para conseguir um equilíbrio e realmente conseguir me amar.

Bater a porta do carro, 2 vezes

Ontem quando eu saí do táxi, estava numa animada conversa com o taxista sobre pessoas de corações frágeis. Que tem pessoas que não aguentam o tranco da vida. Não esqueço a última frase que eu disse quando saí do táxi, “tem pessoas que não suportam, pois tem um coração frágil.” E horas mais tarde, embarcava em mais uma surpresa nada agradável.

Nem vale a pena reproduzir o que ouvi. O discurso é sempre o mesmo. As atitudes são iguais. E olha que as minhas grandes decepções amorosas começaram muito cedo. Desde do primeiro que argumentou que não queria ficar comigo porque eu era muito feia até o de ontem que defendeu a sua solteirice.

Parece que sempre chego atrasada. Sempre estão traumatizados, ou numa outra fase da vida ou simplesmente não me querem. Os meus ponteiros do amor nunca estão sincronizados com meu parceiro. E o meu coração? Continua batendo no peito. Definitivamente, não sou frágil. Algumas pessoas na minha situação já teriam desistido de encontrar um parceiro. Eu não. Cada porrada destas, me arrebenta, me coloca pra baixo, mas me impulsiona pra frente. Para a próxima etapa, porque o mundo não pára para curarmos as feridas.

Confio no meu futuro. Sei exatamente o que eu quero. Eu quero uma família com papai, mamãe e filhinho ou filhinha ou vários filhos e filhas. Pode até ter um cachorro. Não quero o comercial de margarina, quero uma família real. Com afeto e seus problemas de cotidiano.

Enquanto isso, eu estou em recuperação. Pensando como lidar bem e saí recuperada desta última história. Ontem passeei em dois carros. Um estava numa animada conversa sobre corações partidos e no outro estava num completo silêncio. Um silêncio constrangedor. O único som que ouvia vinha dentro do meu peito. Meu coração, mais uma vez partido, que gritava, urrava. Desde de ontem ele só reclama. Eu ouço “você sabia que era furada e insistiu. Tomou atitudes que não deveriam ser tomadas, foi impulsiva e não pensou em como ficaríamos depois disso tudo, simplesmente se jogou. Cada dia que passa, mais você se entrega para pessoas que não te merecem. Você já escutou duas vezes que você é especial, inteligente e bonita. Mas e daí?"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Exercício de trair


Cada dia que passo mas acho raro as pessoas fiéis no relacionamento amoroso. Tem umas que não tem um pingo também de lealdade. Traem como se fosse algo intríseco do desejo humano. Como se não houvesse escolha.

Como sou curiosa (coisas da profissão) acabo perguntando aos conhecidos a motivação da traição. O que mais me choca é que todos estão muito bem nos seus relacionamentos. Na maioria da situações as pessoas tem meses de casados e acha tudo muito normal e natural.

Acho que sou parente da personagem Polyana, pois acredito num mundo que as pessoas não sente necessidade de trair quando as relações amorosas vão bem, obrigado. O desejo carnal pode até existir, porque somos bichos. Mas como também somos dotados de coisas além do instinto temos escolhas que não partem somente dos nossos impulsos sexuais. Temos a escolha de trair ou não, seguindo um desejo ou não, pesando as consequências desse ato.

Estar ao lado de alguém é pensar neste como outro como se ser fosse vc mesmo. Não fazer com o outro o que não gostaria que fizesse com você mesmo. Porque meus conhecidos, gostam de trair, mas ficam umas feras quando são traídos. Que pessoal mais egoísta.

Eu tive uma namorado que compulsivamente me traía. Óbvio que o namoro não durou muito tempo. Hoje sei que ele está muito feliz com sua esposa, num casamento de longa duração, com relacionamento aberto. Ele descobriu o caminho para ser mais verdadeiro nas relações. Espero que meus conhecidos também descubram que trair é: enganar, viver uma mentira. E espero que aprendam os benefícios de ter uma relação onde a lealdade, respeito, consideração e responsabilidade sejam os princípios básicos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Rapidinha

O que vc faz com um cara quando ele não liga? E resolve mandar uma mensagem um tempão atrás como se nada tivesse acontecido?

(a) - Ignora a msg, afinal de contas vc já se vingou.

(b) - Responde como se nada tivesse acontecido (já fiz isso em outras situações e não acho a melhor solução)

Aceito sugestões de como agir....

Sentir-se amado


Marta Medeiros


O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Eu tive um sonho... / A caçada


Havia pessoas reunidas numa floresta. Todas estavam sentadas nas pedras e um homem branco e alto passava as instruções só ele estava em pé...Não conhecia ninguém. Eu não escutava o que o homem que estava em pé falava.

Tinha uma gordinho ao meu lado que comia um chocolate milka. De repente o gordinho começa a narrar a experiência de comer carne crua e de como ele ficou com diarréia depois. Era sua primeira caça. A carne fresca com sangue não fez bem ao gordinho.

Fico com um nojo absurdo. Só de imaginar comer carne crua com o sangue escorrendo. Detalhe eu sou vegetariana.

Mas não sei o que motivou a sair para caçar com aqueles homens. Eu fui com eles, matamos o urso. Não lembro a cena de como capturamos o urso. Só sei que ele parecia aqueles ursos de filmes americanos. Não comi a carne do bicho e não vi ninguém comendo. Muito menos vi sangue só sei que capturamos o urso.

Acordei apavorada. Passando muito mal. E não conseguia entender porque tive um sono tão bizarro.

A caçada me lembra muito de um livro que li chamado "As brumas de Avalon". No livro tem um ritual de passagem do homem para a vida adulta que é a caçada a um cervo. Enquanto isso a mulher também está sendo preparada para receber o homem após a caçada. Para os que conhecem um pouco da cultura celta, é um ritual de Beltane.

O que não entendo pq saí para caçar junto com os homens... E não fiquei junto com as mulheres. Logo eu que odeio violência, incapaz de matar qualquer bicho. Com pouca força para abater um animal deste porte. Que odeia ver sangue e sofrimento.

Porque tive q passar por este ritual?

Foi quando tive um outro sonho que respondia estas perguntas. O urso simbolizava todo meu sofrimento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exercício de se entregar

Quando era adolescente, era extremamente romântica. Poderia dizer que a culpa são os contos de fada que nos são dados quando criança. Mas desconfio que é meu mesmo. Acredito na magia dos acontecimentos. Vejo o mundo de uma maneira que as mulheres são cortejadas. Gosto do clima de um café da manhã quando seu amado acorda, de um presente sem data especial, adoro presentear as pessoas queridas com cartões etc.

Mas este lado de acreditar no amor é massacrado de diversas formas. Parece que todo o tempo vemos o descompasso no amar. Como diria Drummond:

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim
que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."

O encontro de dois corações é bem difícil de acontecer. E quando este encontro acontece temos que celebrar e agradecer aos deuses por este momento único. Mas como é difícil a entrega. Depois de várias decepções amorosas o coração fica endurecido. Palavras naõ são suficientes. Acredito que uma vida no qual não amarmos e não sermos correspondidos é uma vida vazia, sem sentido. O amor é a razão do existir (definitavemente eu sou romântica) .