segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Exercício da virada


Os acontecimentos da minha vida são marcados pela intensidade. Vivi muitas coisas nos meus 28 anos e espero viver muito mais. Mas lendo uma reportagem da Isto é Gente, tive uma ideia de compartilhar aqui no blog e relembrar uma passagem da minha existência.

Eu tinha o sonho de morar sozinha aos 18 anos. Determinada, estudei para conseguir isso o mais rápido possível. Aos catorze anos, resolvi fazer escola técnica ao invés de me preparar para o vestibular. Vestibular me causaria alguns anos vivendo dependendo dos meus pais e isso me afastava do meu grande objetivo.

Nos idos de 1996, escolhi fazer o curso técnico de informática, pois era uma carreira que eu conseguia vislumbrar projeção financeira e me faria realizar o meu sonho. Eu detestava estudar informática, mas gostava do clima do colégio e dos meus amigos.

Aos 17, consegui estágio na prefeitura do Rio. E este estágio estava mais relacionado a sorte do que minha obstinação. Sorte, porque enquanto eu fazia estágio rolou um concurso público para a minha área. Fiz, passei e fui chamada. A sorte foi ter feito estágio lá, o resto foi conquista das minhas escolhas, do meu talento profissional e inteligência.

Com 18 anos era uma funcionária pública. Eu que procurava estabilidade financeira, consegui muito cedo. Adorava trabalhar lá, mas com passar do tempo, comecei ficar infeliz. Eu não conseguia entender o vazio que eu sentia. Na época eu só enxergava este vazio, mas não conseguia entender o porquê. O resultado foi o meu desestímulo. Não conseguia vislumbrar um futuro maior do que aquilo que eu vivia. Era para eu estar satisfeita, na minha mente limitada de 22 anos, mas eu não estava.

Então em 2004, apoiada por minha família, amigos e namorado, larguei o funcionalismo público após arrumar emprego numa grande empresa. Só que o destino prega peças muito interessantes e mal assumi o cargo, fui mandada embora por problemas internos da empresa.

Desempregada, não tive muito tempo de ficar deprimida pela minha péssima escolha. Fiquei mal, algo natural, mas precisava arrumar um outro emprego. Não foi fácil, fui trabalhar como recepcionista, pois precisava de dinheiro. Até nessa situação consegui ver coisas positivas. Era primeira vez que trabalhava como bilíngue, algo que eu queria fazer alguma vez na vida. E o meu salário era bom também.

Voltei para minha área de tecnologia de informação, fui crescendo na minha carreira e fiz faculdade de jornalismo. Algo que não tinha relação com minha experiência de trabalho, mas que me dava muito mais prazer do que cursar faculdade de análise de sistemas, algo que cheguei a fazer enquanto trabalhava na prefeitura.

E então fui estudando jornalismo e trabalhando com TI. Nisso consegui morar sozinha com 24 anos. Não foi no tempo que eu queria, mas não foi também tão distante do meu planejamento. E meu apê era tão fofo. Foi uma fase muito boa, viver em Copacabana. E eu que não pensava muito em como seria meu futuro, só persegui meus objetivos, fui além dos meus horizontes.

Recomendo este texto a todos que desejam dar uma guinada em 2010. Como dica, eu sempre observo o momento certo de dar uma virada. Geralmente começa com uma inquietação e um sentimento grande de vazio. Para sair de uma situação de estagnação e tomar uma atitude, é só ouvir o coração porque ele sempre diz quando está preparado.

Não é fácil largar algo que você está habituado, pode acontecer problemas, mas a frustração de não ter tentado ser feliz é muito maior. Espero que estas linhas encorajem os mais medrosos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Rapidinhas

- O que seria da minha vida sem meus amigos?

- O dia que saí mais largada de casa foi o dia que eu fui mais paquerada.

- O dia que a gente menos espera é quando acontece as coisas mais legais.

- Tá, confesso, me vinguei.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Exercício do balanço



Sei que ainda tá meio cedo para o balanço do ano, mas em novembro já fiz uma parcial do meu ano de 2009. Novembro é o penúltimo mês do ano, então é uma parcial quase completa do ano. Não sei se quero que aconteça mais alguma coisa muito foda este ano ou espero ano que vem. Nem sei se tenho um coração que aguenta tantas emoções. Mas enfim, posso considerar que este ano foi um dos mais importantes da minha vida.

Escrevendo como jornalista que agora sou (em todos os sentidos), eu terminei a faculdade com o louvor de tirar 10 na monografia. Nunca achei que falar sobre o tema de violência doméstica contra mulher fosse tão díficil. Desde de 2008, buscava um orientador pra me auxiliar num tema sobre a questão do feminino e quando achei uma pessoa que realmente quisesse, foi uma vitória. Tudo bem que tive de adaptar para violência doméstica, algo que nunca pensei escrever. Mas a minha obstinação de não desistir do meu tema, garantiu a nota máxima.

O problema de ter escolhido este tema depois de se separar é que todo mundo acha que eu apanhava do meu ex-marido. Convencer as pessoas de que não apanhava de ninguém e que quis fazer o tema por outros diversos motivos foi bem curioso. Porém, abordar problemas no relacionamento na confecção do trabalho enquanto você está separada recentemente não foi nada fácil. Escrevi muitas linhas chorando. A solidão que eu sentia sentada olhando para a tela do editor de textos com o barulho das teclas nas madrugadas do meu fim de semana foram torturantes. Mas venci.

Fiz este tema por todas as mulheres que um dia eu conheci e por todas histórias que ouvi. A minha monografia foi melhor que terapia. Tanta coisa lida e refletida. E tudo começou quando li "O segundo sexo", de Simone de Beauvoir. E foram tantas coisas acontecendo, um curso que fiz sobre as mulheres através do século. O livro com a biografia da Leila Diniz que li bem na época da separação. E logo depois a vontade de não escrever nada e curtir a nova vida de solteira que começava.

Curti cada minuto da minha solteirice e cada dia descubro uma nova faceta em mim que eu desconhecia. A transformação foi muito grande. As vezes não me reconheço, mas o que mais gostei de ter conquistado, foi meu equilíbrio. A vitória de trabalhar como jornalista num momento que eu já tinha aberto mão da minha profissão e nem estava preocupada com minha vida profissional.

A minha outra conquista foi voltar a morar sozinha. Olhar minha casa, meu quintal, meu quarto de boneca, me dá um puto orgulho de mim mesma. Foi algo que sonhei desde criança, ser independente, ter uma casa só minha, só faltou o carro. Adoro isso tudo, porque é um sonho realizado. Mas não posso esconder que sinto falta de ter minha família. Queria estar com 28 anos planejando um bebê, mas descobri também este ano que nada acontece da forma que a gente planeja e no tempo que gostaríamos.

Portanto não faço nem ideia de quando eu vou formar familia e muito menos de quando terei filhos. Mas tento não me torturar por isso. Viver um dia de cada vez construindo bases para um futuro incerto. Porque não sei se vou arrumar um marido por toda nossa vida e se a gente vai ter filhos. É tanta coisa que não depende de mim, que cansei de ficar sofrendo por algo que não tenho nenhum controle.

Mas sonho, aliás o que mais faço é sonhar. Sonho com romance, sonho com filhos, sonho em trabalhar com Tv ou cinema. E depois de sonhar tanto em 2009, estou tentando colocar os pés no chão. Estou tanto tempo sonhando que estou deixando de enxergar a realidade da vida.

Quanto aos relacionamentos amorosos este ano, foi tudo uma grande piada. Parece que foi um pesadelo que ainda estou tentando acordar. Porém cresci muito, usando uma frase de um post antigo, cada porrada que levava me impulsionava pra frente. Agora estou numa fase quietinha, quase uma ostra e reavaliando cada ensinamento que tive neste sentido ao longo da vida.

O que mais gostei de ter descoberto este ano é que sou uma pessoa extremamente divertida e cercada de amigos. Como curti cada momento, cada noitada, quantas noites não dormidas. Assisti inúmeros "nascer do sol". Conversas intermináveis, muitas, muita mesmo, cervejas.

Em um post do começo deste ano escrevi o que queria de 2009, um interminável verão. Acredito que os deuses leram e disseram amém. Abraços. Boas festas e que venha 2010 com outras agradáveis surpresas e momentos felizes conforme passei, para todos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MULHERES LINDAS – COM UM SOL DE AMOR NO CORAÇÃO

(Dedicado as mulheres cheias de caráter e luz, lindas, sem as ilusões do mundo.)

Paz e Luz.

- Wagner Borges – Na Luz, como sempre...
São Paulo, 30 de novembro de 2009.


Eu olhei os seus pés calçados com sandálias simples.
E eles estavam brilhando tanto, garota.
Depois eu olhei em seus olhos, e eles pareciam dois sóis.
Ah, pequena, você já chorou demais!
E, no entanto, o seu coração ainda está cheio de amor.
Você se iludiu: o que buscava fora, na verdade, estava com você mesma.
Sempre esteve dentro de você mesma, em forma de luz secreta.
E isso não se vê com os olhos da carne, e nem depende de aparências.
É ouro! É valor interno, que não se vende e nem se compra.
Então, enxugue suas lágrimas e preste atenção em sua luz.
O amor é o amor, não é uma pessoa. Mas poucos compreendem isso.
E quem não vê o brilho real, cai nas garras das luzes ilusórias do mundo.
Você pode até ter alguém ao seu lado, mas, talvez, o seu coração voe para longe...
Na direção de um Grande Amor, algures, no Coração da Vida Universal.
Ah, amor não machuca! E nem está submetido a mesquinharias e dramas.
Não tem idade e não se presta a manipulações; e não faz chantagens emocionais.
O que é real, transforma a consciência e faz rir e gostar de viver.
Há coisas que transcendem o tempo e o espaço. O amor é uma dessas coisas.
E, mesmo à distância, ele acontece, de coração a coração.
Eu só queria dizer isso, pequena: “VOCÊ ESTÁ CHEIA DE LUZ!”
E, onde quer que você esteja, receba um beijo, de alma para alma.
Que a Mãe Divina a inspire e ilumine mais ainda.

P.S.:
Escrevi essas linhas por influência espiritual de uma entidade espiritual.
Trata-se de uma consciência extrafísica muito querida do meu coração.
Ela trabalha nas vibrações sutis do amor da Mãe Divina.
E me disse: “Escreva algo para uma mulher cansada e resgate-a da dor.”
E eu questionei-a, sobre como escrever algo para alguém que sequer conheço?
E ela me sugeriu: “escute o seu coração e escreva o que ele lhe disser”.
Então, escrevi essas linhas. E sei que ela sabe por onde esses escritos viajarão...
E eu quero aproveitar e dizer que há mulheres lindas demais no mundo, e além...
E elas são lindas por sua luz e seu caráter, não por suas formas ou juventude.
Muitos homens não vêem isso; e, às vezes, muitas mulheres, também não.
E sem luz, as trevas chegam; e sem caráter, sobra o vazio existencial.
Que coisa mais linda é o olhar de uma mulher cheia de amor real!
E isso vem do coração dela, e ilumina o parceiro, os filhos e a própria vida.
E isso não tem preço. E nem se explica. Só se sente...
Não, não e plástica ou a roupa cara que faz uma mulher bonita; é ela mesma.
Com seu brilho e seu caráter; com seu amor e paciência; com algo que só ela tem.
E, aqui e agora, eu honro a todas elas com esses escritos, em espírito e verdade.
E agradeço a Mãe Divina, pela chance e pela honra de escrever essas linhas*.

(Dedicado as mulheres cheias de caráter e luz, lindas, sem as ilusões do mundo.)