segunda-feira, 29 de março de 2010

Saindo da programação

E o Rick Martin saiu do armário...

Apesar dele ser meu namorado imaginário de infância, desde de adulta sei que ele é gay.

terça-feira, 23 de março de 2010

Coincidência?


A primeira vez que ouvi a música Vambora, da Adriana Calcanhoto eu não lembro, mas recordo o dia que ela marcou a minha vida para sempre. E toda vez que ela toca numa estação de rádio anuncia mudanças radicais na minha vida. Pode ser algo bobo para quem não acredita em sinais, mas para mim quando ela toca pode se preparar para a reviravolta na vida.

Entre por esta porta agora e diga que me adora...

O meu rádio relógio despertou a primeira vez com esta melodia quando eu tinha 17 anos. Embaixo da minha janela, um assassinato ocorreu. Passei pelo corpo do casal sem olhar para trás e com muito medo. Medo da violência, medo de morrer e medo de não viver.

Cheguei na minha escola, era sábado e eu detestava assistir aula sábado. Namorava um menino que era minha primeira paixão à primeira vista. Ele queria que eu fosse numa festa à noite com ele, mas nosso namoro era proibido. E eu ainda não tinha autorização de sair com ele para noitadas, algo impensável para alguém com quase 18 anos nos dias de hoje.

Voltei pra casa, o corpo do casal ainda debaixo da minha janela. E a grande vontade de sair de encontrar meus amigos e meu namorado na FESTA. Contei uma mentira para minha mãe e fui na festa. Lembro de como fiquei nervosa ao inventar toda história para enrolar minha mãe, mas deu certo. Quando eu saí de casa para encontrar meu amor, os corpos mortos do meu portão não estavam mais lá.

A festa foi a mais sensacional na minha vida. A noite só terminou de manhã e ali pela primeira vez senti que estava vivendo a minha vida. Ali foi minha passagem de menina para mulher. Uma pequena atitude, que foi uma mentira nunca antes cometida, mudou meu destino.

O namoro acabou, mas se perpetuou em sentimentos por alguns anos. E toda vez que escuto "Você tem meia hora para mudar a minha vida" acontece algo por atitudes minhas ou do destino, que provoca uma reviravolta na minha vida.

Estou precisando ouví-la de novo...

A grande lição: viver um dia de cada vez




Minha mãe desde que me separei tem me pedido para eu viver um dia de cada vez. Respondi para ela que era impossível, que eu crio expectativa e sou assim.

Hoje passado um ano e um mês, vejo que o conselho de mamãe vale ouro. Acabo reproduzindo aqui o que estou vivendo no momento. A tentativa de não me entregar tanto, de curtir um dia de cada vez sem pensar no futuro. Logo eu que não dou um passo sem estar focada no que eu quero.

Um grande exemplo é que quando entrei na faculdade já sabia todos os cursos que ia fazer. E cumpri. Estabeleço metas e as cumpro. Uma ótima característica que admiro bastante, além de ser positiva profissionalmente. Tenho um pouco de sorte de alcançar objetivos profissionais, sei o que quero, sigo minhas metas e o resto acontece. Não corro tanto atrás.

Agora amorosamente, sou completamente atrapalhada. Sei o que quero, sou focada, mas as coisas não engrenam. E quando fluem, eu simplesmente desisto. Como se o prazer estivesse envolvido apenas na conquista. Não sou tão volúvel como parece com esta última frase. Já tive relacionamento longo, fui casada, mas estes relacionamentos são muito raros na minha vida.

Atualmente estou numa relação iô-iô, que começou quando eu tinha 19 anos. Foi interrompida a primeira vez por sermos completamente diferentes. Anos depois, precisamente ano passado, nestas voltas que a vida dá, nos reencontramos e voltamos. Não deu certo, estava tão focada no que eu queria, e ele não poderia me dar, que desistimos de tudo.

Aí, o destino gosta de pregar peças. Então em janeiro passado nos reencontramos de novo. E acabamos voltando. Sei porque o destino me fez reaproximar dele, tinha uma lição que estou tentando aprender desde que me separei, a tão repetida nesta postagem, viver um dia de cada vez.

Os poucos relacionamentos que tentei manter depois que me separei se assemelhavam pela lição de não criar expectativa. Então não adianta fugir. Esta é a lição da vez.

Vou passar aqui para mostrar como vai ser a evolução desta tentativa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Exercício de não criar expectativa II

Eu não deveria, mas eu crio expectativa. Não tem como não criar. O meu affair está sendo bem melhor do que já foi um dia.

Mas se for não isso tudo que estou pensando... Ah, eu queria antecipar o tempo para não ficar com estas dúvidas na cabeça... Sou muito ansiosa, não tenho paciência para esperar.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Exercício de não criar expectativa

Esses amores fugazes são deliciosos porque carecem de expectativa. Não têm passado nem futuro. A expectativa destrói muitas coisas. Mas aprender a evitá-la é uma arte.

Pedro Juan Gutiérrez, em “Trilogia Suja de Havana”

Numa conversa com minha mãe há uns 6 meses atrás, eu afirmava a minha incapacidade de não criar expectativa. Um semestre depois estou fazendo um esforço hercúleo para finalmente aprender a lição.

Está valendo à pena, tenho mais serenidade e paz de espírito. Aconselho.



quarta-feira, 10 de março de 2010

Apenas Mais Uma De Amor

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Exercício de tentar saber o que quero




Eu estou saindo com um menino. Pera aí... Pára tudo.

Ele não é mais um menino. Quando eu o conheci, ele era. Hoje é um homem e por isso que estou com ele. Quando ele era menino, ele não tinha graça.

Temos uma relação que não é namoro. Eu penso nele o dia todo, mas tenho certeza que vou terminar com ele assim que ele nos encontrarmos.

Agora ele está quilômetros de distância. Tudo que eu queria era receber um sinal de fumaça dele. Mas não estou disposta a dizer que estou sentindo sua falta.

Tem dias que penso nele como o cara pefeito para o meu momento. Em outras ocasiões, vejo que a relação furada e que quero cair fora, logo.

Tem semana que ele me liga e eu desprezo. Outras que eu queria ao menos ouvir sua voz.

O coração dele já foi todo meu, inclusive ele me deu de presente na bandeja. Hoje tem outra dona. Não que ele tenha me contado seus sentimentos, mas é intuição feminina. Não conversamos sobre o que sentimos. Vamos vivendo nossos momentos.

Se ele estivesse perto de mim e me ligasse, eu não ia querer sair com ele. Mas como está longe, estou com saudades.

Às vezes, acho que estou apaixonada. No dia seguinte, percebo que eu viajo demais.

Acho que estou grávida. Mas continuo fantasiando.

Cada momento gostaria de viver uma coisa diferente com ele. Agora quero sacanagem, mas pela manhã gostaria de viver uma paixão com ele.

Já bati tantas vezes a porta do seu carro, brigamos por que queremos coisas diferentes. É a terceira tentativa de ficarmos juntos.

Quando eu o vejo, me arrepio todinha. Não resisto ao seu toque. Por isso, prefiro estar distante.

Não existe momento de paz quando estou longe dele. Sempre estou pensando nele de formas antagônicas, em como largá-lo ou em como prendê-lo.

Isso não é sadio. Quero paz

terça-feira, 9 de março de 2010

Ser mulher (em homenagem atrasada às mulheres)


Desconheço o autor.

Épocas mudam e, com elas, os modelos se reinventam, se recriam. Não muito tempo atrás, "ser mulher" seguia pressupostos bem definidos e sem possibilidade de negociação. Todas pareciam ter saído do mesmo molde-fábrica, salvo uma ou outra que, estando adiante do seu tempo, ousava escapar do determinismo cultural. Estas, mais ousadas, eram perseguidas e incorriam no risco de represálias graves.

Os tempos mudaram, e desde a década de 70,transformação no modelo dos relacionamentos humanos, a mulher paulatinamente se percebeu com maior possibilidade para criar seus próprios modelos. Não se trata, evidentemente, de um problema resolvido por completo. O liberalismo que possibilita a criação de um novo modo de "ser mulher" parece se limitar a regiões cosmopolitas do mundo ocidental. Além disso, muitas vezes de forma sutil, novas imposições são criadas a partir do discurso pretensamente liberal. Ou seja: sempre que alguém institui o "ter que" a ser seguido por todas, está instituindo uma nova tirania sobre as mulheres, e muitas seguem tal autoritarismo sorrindo, sem se darem conta do que está ocorrendo.

Para ficar mais claro, imagine a seguinte situação, nada incomum: você, mulher moderna, escolhe cuidar do lar e dos filhos, escolhe não dar muita atenção para pós-doutorados e outras ambições de carreira. Tudo isso é uma escolha sua, inteiramente sua, e você é, conforme dizem, "adulta e vacinada". Mesmo assim, tem que aguentar o discurso pretensamente liberal, que afirma sem pudores que você tem que ser ambiciosa, descolada, deixar os filhos com uma babá, trabalhar até ficar bem famosa ou muito rica. Muitas mulheres simplesmente compram este "dever", mesmo sem ter muita vontade, pois assim determina o "novo modelo de mulher". Se fizer o contrário, corre o risco de ser mal vista por outras mulheres. O que muitos não percebem é que este discurso é tão tirânico, tão autoritário e arrogante quando o discurso oposto, do século passado, que mandava as mulheres cuidarem de seus maridos e filhos. Em comum, os dois discursos oferecem o "ter que". Oferecem um molde pré-fabricado no qual a mulher se encaixa, caso contrário sofrerá as conseqüências.

Os novos tempos nos oferecem uma alternativa maravilhosa, a alternativa da autoinvenção constante, sem estarmos presos a fórmulas, obrigações, moldes. Assim sendo, se alguém me pergunta "o que é a nova mulher?", eu devo sempre dar a sincera resposta: se eu disser "o que" é esta "nova mulher", estarei falando de um molde, de uma definição pré-estabelecida, e isso não tem nada, absolutamente nada de novo. É tão velho quanto o estilo de vida de minha bisavó, proibida de trabalhar.

A nova mulher é aquela que faz de sua vida o que bem entender, arcando com as conseqüências de suas escolhas, não seguindo cegamente modelos pré-estabelecidos e questionando sempre: isso serve para mim? Além disso, a nova mulher entende que qualquer modelo que abrace não a obriga necessariamente a uma fidelidade eterna. Modos de ser são contingentes, estão relacionados a momentos, fases da vida. A nova mulher não "é" coisa alguma. Ela está!

E, simplesmente estando, abre-se à grande aventura de sempre, continuamente, se recriar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Exercício de reviver o passado


Atualmente moro na rua que passei minha infância e parte da minha adolescência. Às vezes acho graça viver numa rua tão conhecida minha em épocas tão distintas da minha vida. Fora que moro numa casa sozinha, que confesso que para mim é um barato.

Quando me imaginei mais nova, morando sozinha, pensava que teria um apêzinho, nunca uma casa com quintal. Mas ADORO ter um quintal. Sei que está próximo de mudar casa e de bairro de novo. Moro longe a beça do meu trabalho. Só tenho certeza que guardarei para sempre na memória esta casa e todas lembranças da vida que vivi nela.

Após ter morado anos longe da minha família, hoje sou vizinha da minha avó e das minhas tias. E apesar de muitas pessoas reclamarem de morarem perto dos seus parentes, eu curto a beça esta convivência. Só quem mora longe de pessoas queridas e que esteve num apê frio consegue entender o que é morar ao lado das pessoas que você mais ama numa casa totalmente solar.

Eu também moro perto da minha mãe, não chegamos a ser vizinhas, porém vivemos bem próximas. E todos os dias, vamos para o trabalho juntas, além de tomarmos café uma na companhia da outra, antes de ir para o trabalho. Isso é enriquecedor para nossa relação, que já foi tão conturbada, de mãe e filha. Nunca conversamos, como conversamos agora.

Quando era mais nova, me incomodava o fato de meus pais não me conhecerem direito. Ninguém sabia o que realmente eu pensava. Atualmente o que mais faço é conversar com meus pais. Com a minha mãe é um contato diário o que proporciona mais conversas e consequentemente mais aprofundamento nesta tarefa de nos conhecermos. Com meu pai, devido a distância, estas conversas são mais raras, mas antigamente nem rolava diálogo. Ter um papo com o velho, mesmo que seja eventual, foi uma das melhores coisas que ocorreram na minha vida.

Hoje após meu café da manhã na companhia de mamãe, fiquei feliz de ter a oportunidade de fazer as pazes com as mágoas do passado. E tudo me ajuda nisso, até morar numa rua que já morei, ir trabalhar diariamente com minha mãe, curtir minha avó e tias.

Sei que um dia que esta etapa vai chegar ao fim, um dia terei de me mudar. A meta é 2011. Comentei com a minha avó os planos de mudança e ela já me disse que ficará muito triste quando este dia chegar. Mas sou uma cidadã do mundo, uma andarilha. Não me imagino quieta lá.

terça-feira, 2 de março de 2010

Frase da semana

Fala da minha médica ontem: "Casamento sem fillhos, é como se não tivesse casado..."