quarta-feira, 28 de abril de 2010

Exercício da sabedoria

Queria dividir com vocês dois textos recebidos. Espero que gostem.
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Dois amantes comuns que são solitários sempre olham um para o outro;
dois amantes verdadeiros, numa noite de lua cheia, não estarão se olhando.
Eles podem estar de mãos dadas, mas estarão olhando a lua cheia bem alta no céu.
Não estarão olhando um para o outro, estarão juntos olhando algo mais.
Às vezes estarão escutando juntos a uma sinfonia de Mozart ou Beethoven ou Wagner.
Às vezes estarão sentados ao lado de uma árvore e apreciando o tremendo ser da árvore envolvendo-os.
Às vezes podem estar sentados ao lado de uma cachoeira escutando a música selvagem que está continuamente sendo criada.
Às vezes, perto do mar, ambos estarão olhando para a mais longínqua possibilidade que os olhos possam alcançar.

Sempre que duas pessoas solitárias se encontram, olham uma para a outra, porque estão constantemente buscando modos e meios de explorar o outro: como usar o outro, como ser feliz através do outro.

Mas duas pessoas que estão profundamente contentes consigo mesmas não estão tentando usar uma à outra.
Em vez disso, tornam-se companheiras de viagem; se movem numa peregrinação.
A meta é alta, a meta está distante. Seus interesses comuns as unem.

Osho

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NYOSHUL KHENPO

1) Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Eu caio
Estou perdido…sem esperança. Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.

2) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.

3) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio…é um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa.
Saio imediatamente.

4) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.

5) Ando por outra rua

terça-feira, 27 de abril de 2010

Acabei de acordar de um sonho


Neste sonho a trilha sonora era alice in chains, pearl jam, stone temple pilots, rage against the machine, nirvana.

Entro numa farmácia para comprar esmaltes pretos perto de uma casa onde rolava as festas mais iradas. Acho estranho me ver ainda adolescente.

Antes de chegar na festa passo para ver um bebê, encontro meu casinho que tenta impedir de eu ir na festa. Em vão, eu vou.

Chego lá, a faixa etária das pessoas eram na média de 30 anos e eu ainda com 16. Sinto-me só. Um violão, ao fundo, toca under the bridge. Só velas iluminam o ambiente, reconheço meu primeiro amor passando por mim com seu blusão preto e cabelos na cintura. Finalmente alguém que regulasse de idade comigo. Ele passa por mim, mas não me vê ou finge que não.

Começo a chorar, procuro um lugar pra ninguém me encontrar com o rosto molhado. Vejo um quarto, abro a porta e vejo um casal transando. Ao invés de sair, assisto toda ação, eles nem percebem a minha presença. O homem na cama era meu casinho, descubro a sua insistência para que eu não fosse na festa.

Xingo-o em pensamento, comigo ele nunca tinha sido tão carinhoso. Mas paro finalmente de chorar. Aliás por quem mesmo estava chorando? Tenho que sair antes que eles me vejam, pulo a janela. Encontro um grupo de pessoas jogando verdade e consequência. Muitas garrafas vazias e uma ponta de um baseado apagado. Todos me encaram, mas saio correndo, o som da risada deles ecoa no meu ouvido.

Procuro um banheiro, xingo, desta vez em voz alta, pois estou perdida na festa. Vomito num tanque, ao passar por ele, estou completamente bêbada. Quando foi que eu bebi? Só lembro que entornei várias margaritas num vaso de planta, queria embebedar uma menina que iria roubar meu coração por 2 vezes. Apostei com ela quem bebia mais, ela perdeu e eu trapaciei. Vômito e amnésia alcoólica de castigo.

Encontrei o banheiro, meu amor, meu grande amor, estava com um canudo na narina abaixado na pia. Desta vez ele falou comigo. Perguntei o porquê de não falar comigo quando nos encontramos, sua resposta é abaixar a cabeça pra terminar com o pó. Chego perto e sinto o cheiro de shampoo do cabelo dele, apesar da fumaça de nicotina que estava impregnada naquele ambiente. Adoro passar meu nariz pelos cachinhos. Suas poucas palavras elogiam meu vestido preto. Ainda ouço sua risada provocativa, "- sonhei com você vestida assim, é o seu vestido de iniciação na wicca". Sento ao seu lado no vaso sanitário, choro mais uma vez, lembro que não tenho mais 16 anos e que toda ação são mensagens do meu subconsciente.

*Foto do filme Quase Famosos

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Não trate como prioridade, quem te trata como opção.

Depoimento de um psicólogo.

Não gosto de desistir das coisas que amo e não gosto que meus clientes desistam. Por isso, ajudo-os a tentar tudo o que puderem, e tudo o que souberem, para assumirem as rédeas de suas vidas profissionais, pessoais e emocionais. A sua vida merece uma chance de ser especial e memorável. E isso inclui em que você se dedique para fazer a vida de alguém especial, feliz e completa. Com sorte, também significa ter alguém que faça isso por você.

Não por dever, apenas, mas por ser um caminho apaixonante da realização.

Mas, infelizmente, no que se refere ao relacionamento entre duas pessoas, não podemos controlar todas as variáveis, as limitantes e os resultados. Até porque os resultados envolvem diferentes percepções, desejos e níveis de comprometimento.

O amor, embora seja um verbo, antes de uma emoção, é uma daquelas áreas nas quais todos nós gostaríamos de controlar os dois lados da equação, mas só podemos controlar o nosso lado. E torcer.

Um romance, seja ele namoro, noivado, casamento ou bodas de diamante, exige que os dois queiram dar um passo em direção ao futuro misterioso todos os dias - juntos. Mesmo que seja para sofrerem juntos, desafiando os problemas. Se você é do tipo que quer casar, e continuar se comportando como solteiro, então é melhor não casar. Fique como está.

Sei que o que está na moda é a fantasia de que "ser livre" é o melhor. Ser independente.

Mas, apesar do estardalhaço que algumas revistas semanais fazem, dizendo que muitas pessoas querem ficar sós, não é a realidade que encontro com meus clientes. Para mim eles, e elas, dizem a verdade. E a verdade é diferente daquilo que dizem para o show da mídia, ou para uma roda de amigos.

Ninguém quer ficar só. As pessoas apenas vestem uma confortável imagem de que a "liberdade" é mais vantajosa do que o compromisso, assim como dizem veementemente que jamais entrarão em um supermercado que os tratou mal - só para irem direto lá, quando tiverem que comprar algo.

Quando o silêncio das paredes internas do coração começa a ser escutado, o "caldo entorna", e você se pega pensando em passar os próximos anos vivendo com aquela pessoa.

Na medida do possível, apoio meus clientes em seus sonhos e desejos. Mas, nem sempre.

Há momentos nos quais você deve olhar bem para aquela pessoa que está tratando você apenas como uma opção, uma alternativa temporária, e deixar de ter a vida dela como sua prioridade. Algumas vezes, ser a pessoa ideal não é o bastante. Especialmente, quando o outro lado da moeda tem uma lista de prioridades enorme, e você aparece em um ingrato 256° lugar.

Naturalmente, há momentos nos quais um amor não pode lhe dar atenção. E ajudo meus clientes a entenderem isso. Há altos e baixos em qualquer vida, por isso não devemos assumir o pior, apenas por um problema temporário. Mas, há também situações nas quais você precisa entender que talvez haja muito mais dentro de você do que a outra pessoa nota ou dá valor.

Quase dois anos atrás, uma cliente tratou exclusivamente deste problema comigo. Ao final do nosso processo de trabalho, ficou claro que ela não era prioridade nenhuma para o noivo. Era apenas uma opção e um "problema" na agenda. Depois de tentar tudo, e mais um pouco, ela rompeu o noivado. Ele teve todas as chances de abrir os olhos.

Ela deixou de tratar como prioridade, aquele que a tratava como opção.

Na última segunda feira, ela me telefonou e convidou para seu aniversário (é comum meus ex-clientes tornarem-se amigos). Aniversário e noivado. Com outra pessoa, claro. O engraçado da história? É que o "ex" diz ter descoberto, tarde demais, que "ela era a mulher da vida dele". Flores, presentes e telefonemas não adiantaram -- minha cliente me autorizou a contar a história, sem revelar seu nome.

O que existe no coração dela, agora, são as lembranças de ter sido apenas mais um item, em uma agenda lotada. Agora o coração dela já está em outra vida. Ela tem outra prioridade. E o noivo atual a vê como prioridade também. O verbo amar, entre eles, se transformou no sentimento.

Agora, o ex-noivo é carta fora do baralho. Lembre-se: Não trate como prioridade quem te trata como opção. Dê todas as chances que puder. Mas, quando não houver mais o que fazer, não faça. Pare de tentar. Você saberá quando a hora chegou. Você saberá quando já tentou tudo.

E, quando chegar este momento, olhe ao redor. Se alguém não trata você como prioridade, há quem trate. Ai pertinho de você. É só olhar com o coração.

Você merece ser prioridade de alguém. Você merece ser o rei, ou a rainha, e não o vassalo, ou vassala. O amor é um jogo de "iguais de coração".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bad romance


Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

I want your ugly
I want your disease
I want your everything
As long as it's free
I want your love
(Love-love-love I want your love)

I want your drama
The touch of your hand
I want your leather-studded kiss in the sand
And I want your love
Love-love-love
I want your love
(Love-love-love I want your love)

You know that I want you
And you know that I need you
I want your bad, your bad romance

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
(Oh-oh-oh-oooh!)
I want your love and
All your love is revenge
You and me could write a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

I want your horror
I want your design
'Cause you're a criminal
As long as your mine
I want your love
Love-love-love
I want your love

I want your psycho
Your vertical stick
Want you in my room
When your baby is sick
I want your love
Love-love-love
I want your love
(Love-love-love I want your love)

You know that I want you
('Cause I'm a freak bitch baby!)
And you know that I need you
I want your bad, your bad romance

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
(Oh-oh-oh-oh-oooh!)
I want your love and
All your love is revenge
You and me could write a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Oh-oh-oooh-oh-oh!
Caught in a bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

Walk walk fashion baby
Work it
Move that bitch crazy

Walk walk fashion baby
Work it
Move that bitch crazy

Walk walk fashion baby
Work it
Move that bitch crazy

Walk walk passion baby
Work it
I'm a freak bitch baby

I want your love
And I want your revenge
I want your love
I don't wanna be friends

J'veux ton amour
Et je veux ton revenge
J'veux ton amour
I don't wanna be friends
Oh-oh-oh-oh-oooh!
I don't wanna be friends
Caught in a bad romance
I don't wanna be friends
Oh-oh-oh-oh-oooh!
Want your bad romance
Caught in a bad romance
Want your bad romance!

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
Oh-oh-oh-oh-oooh!
I want your love and
All your love is revenge
You and me could write a bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Want your bad romance
Caught in a bad romance
Want your bad romance

Oh-oh-oh-oh-oooh!
Want your bad romance
Caught in a bad romance

Rah-rah-ah-ah-ah!
Roma-roma-ma!
Ga-ga-ooh-la-la!
Want your bad romance

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Relato da tragédia

São Gonçalo, RJ

A chuva que atingiu o Rio de Janeiro foi muito cruel, não me atingiu diretamente e nem perdi nenhuma pessoa querida. Mas conheço alguns casos de pessoas próximas que perderam seus bens materiais.

Há uma grande mobilização por vários amigos e instituições para arrecadar roupas, comidas e móveis para ajudar estas pessoas na reconstrução de suas vidas.

Nós, cariocas e fluminenses, ainda estamos muito perplexos com tudo que aconteceu. Não existe um só momento que não tocamos no assunto sobre o ocorrido, seja no trabalho ou no transporte coletivo. Um clima de solidariedade que faz com que conversemos até com desconhecidos.

Apesar da chuva ter diminuído, ainda não acabou totalmente. O trânsito está caótico por conta de estradas e avenidas fechadas. Ontem demorei uma hora a mais pra chegar na minha casa porque teimei em pegar ônibus. Há uma mobilização indireta para os cariocas não saírem de casa neste fim de semana.

Vista da janela do meu trabalho

A maré está cheia, o que provoca ondas imensas por conta da ressaca e isso foi um dos motivos que ajudaram nesta enchente. A minha vista da janela do trabalho é a Baía de Guanabara. Geralmente, a baía tem a água muito tranquila e sem ondas. Mas agora podemos identificar ondas batendo em rochedos por conta desta ressaca.

As ruas estão mais vazias, escolas e faculdades ainda não retomaram as aulas normalmente. Quem mora em lugares de risco ainda estão com dificuldades de voltarem aos seus trabalhos. Esta enchente mudou nossa rotina e não sei quando voltaremos ao normal.

Fotos: Jornal O Globo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Para meus amigos e familiares


Peço desculpas aos seguidores do blog, mas hoje escreverei diretamente para as pessoas que convivem comigo. Aquelas que conhecem os meus sonhos, as minhas manias, as minhas maluquices e que andam preocupados comigo.

Inspirada por um texto sobre as neuroses de saber quem somos, de uma amiga (futura) jornalista que escreverá sua monografia sobre as pulsões humanas, resolvi explicar para meus queridos que não enlouqueci.

A verdade é que eu mudei, se formos mais além, só coloquei para fora algo da minha identidade que foi perdida ao longo dos anos de minha existência. A minha vida foi muito real, com coisas duras que não pude ter contato com uma lado mais lúdico da minha existência. Tinha problemas que precisavam ser resolvidos.

Eu vou usar como exemplo o filme "O Labirinto do Fauno". O que é real ou que é imaginário no filme? Não posso dizer. Mas como era importante aqueles momentos em que a protagonista vivia no labirinto, diante da sua sofrida vida.

Eu não tive tanto sofrimento, mas tive que amadurecer rápido demais. Na minha adolecência não tive muito espaço para "pirar o cabeção". Eu tive uma rebeldia que era uma aqui outra acolá. Nada que desse muita pertubação para meus pais.

Já falei aqui em algum texto sobre como fui focada nos meus objetivos. Eu queria ter uma carreira, uma família, dinheiro e uma casa. Quando eu fui fazer o atual ensino médio, já sabia que a minha escolha era estudar numa escola técnica, para logo começar a trabalhar e morar sozinha. Essa minha escolha foi sem nenhuma interferência de um adulto.

Ao invés de ir a Disney nos meus 15 anos, uma viagem que ganharia de uns parentes mais abastados, preferi trocar por um computador que era caríssimo na época e ajudaria nos meus estudos.

Atualmente estou beirando os 29 anos (meu aniversário será dia 3 de maio) e tenho as coisas que almejei: minha independência, minha casa, minha carreira, meu ensino superior, já tentei ter uma família, mas enfim não deu certo. Tudo foi com muita luta, pois sou uma guerreira.

Então pude assumir a minha personalidade inconsequente. Hoje eu posso ser adolescente. Sou dona de mim. Hoje posso experimentar a vida e hoje é muito mais fácil, do que foi quando eu era adolescente. Em todos aspectos. Graças a Deus, não passo mais dificuldade financeira, criei meu irmão e saldei todas as minhas dívidas com minha consciência.

Tenho meus pais pertinhos de mim, me dando o suporte que preciso. Então, atualmente, faço tudo que não fiz. Curto a vida, como se hoje fosse o último dia da minha existência. Sei muito bem do que eu gosto e do que não gosto, mas resolvi assumir todas as preferências que tinha vergonha de declarar.

Como no texto da T. Escanho, eu tenho várias facetas de personalidade e resolvi colocá-las pra fora. A personalidade responsável e racional deu lugar a um lado que só pensa em se divertir e ser feliz.

Então, por favor meus amores, não se choquem se eu quiser colocar purpurinas, beber além da conta, virar várias noites de sono, dançar a noite toda, beijar muito. Isso está totalmente controlado pelo lado responsável. Não vou virar alcoolátra, não vou perder todas as noites de sono e não estou beijando tantas bocas assim.

E não achem estranho se me verem em lugares que eu não frequentava antes. Eu só estou dando a mim a oportunidade de conhecer mais pessoas e ambientes. Experimentado a vida, sem medo de ser rídicula.

É difícil explicar para quem nunca viveu isso, mas confesso que é extremamente libertador.

Amo vcs.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A primeira vez

O Rock in Rio III ocorreu quando eu tinha 19 anos. Eu tinha idade suficiente para ir, mas por causa do namorado eu resolvi ficar em casa. E até hoje me culpo desta decisão.

Eu vi o show do Guns n' Roses pela telinha da globo chorando arrependida.

Quando anunciaram a turnê do Axl Rose na América do Sul, não pensei duas vezes. Eu iria neste show mesmo que fosse sozinha. Quase 29 anos na bagagem, nada me segurava.

Não importa que o cantor é gordo e não tem fôlego de antes, que não tem meu guitarista misterioso preferido. Eu ouço esta banda desde que tenho 12 anos.

Até porque não temos a segunda chance sempre (depois conto a história do show do mamonas assassinas). Na última hora, arrumei uns novos amigos para assistir a velha banda. Minha companheira de rock n' roll não me desapontou me esperando na chuva por 2 horas.

A abertura do Sebastian Bach me fez viajar no tempo onde eu lia revista Querida e tinha vários pôsters dos posers mais gatos dos anos 90. Por isso gosto tanto dos cabeludos (pra quê fazer terapia, se podermos olhar para o passado explicando nosso presente) até hoje.

O show em si foi um saco, músicas de um CD novo, ruim. Mas tinha uma pessoa lá que me fez reviver aquilo como se eu nunca tivesse ido num show de rock na minha vida, porque ali era sua primeira vez. Cada grito que ele dava, cada vibração com aquele acorde que ele queria ter dado.

Eu não olhei para o palco. Eu só tinha olhos para ele. E ele me fez reviver a minha pureza dos meus 12 anos.

Nada mais importava, era nossa primeira vez no guns. Nós pulamos, suamos, tomamos chuva, cantamos e nos descabelamos. E levaremos para sempre na nossa mémoria, nossa primeira vez.

Exercício de não criar expectativa (failed)

Eu falhei neste exercício. Juro que tentei, mas me apaixonei. E quando entra paixão fo&%$ tudo de vez.

Agora meu exercício é não cair em tentação quando vejo meu objeto de paixão.

Por enquanto eu estou indo muito bem.