segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Finalmente fui ver este filme que todos comentavam. Algumas amigas falavam que eu precisava vê-lo, que como todas que viram, eu iria me identificar com algum personagem, que o Javier Barden está lindo e charmoso (eu não acho este ator bonito, talvez um pouco charmoso, mas a camisa vermelha de seda que ele aparece pela primeira vez no filme deixou ele com aquele aspecto de galã de novela mexicana) e etc etc etc....

Fui sozinha perto da minha casa, enfrentei uma pequena fila, no qual percebi que tinham poucas cadeiras disponíveis. Tinha um casal de gays na minha frente que também iria ver o mesmo filme, pensei na possibilidade de acabar o ingresso logo na minha vez. Eu odeio receber más notícias sem estar esperando por elas, então fiquei um pouco triste com a possibilidade de ficar sem ver. Isso estava de me deixando frustrada porque seria a terceira tentativa de ir ao cinema só neste fim de semana.

Contrariando todos meus pensamento negativos, tinha um lugar disponível e sentei numa ótima cadeira. Achei a tela um pouco pequena e pensei em que não conseguiria me concentrar em ver o filme numa tela tão pequena, mas me entreguei totalmente a história e as paisagens de Barcelona.

Uma amiga disse que depois do filme eu ia comprar uma passagem para Barcelona imediatamente. Sempre tive vontade de conhecer a Espanha, mas não tive este furor de comprar uma passagem. Outra disse que eu sairia de lá com muita vontade de transar, achei o filme interessante neste aspecto, mas não fiquei com nenhuma excitação aparente.

Um único amigo que não achou o filme tão sensacional como todos disseram, concluiu que as pessoas e as situações são clichês. Sinceramente discordo. Um artigo de uma revista, escrito por um homem, descreveu que o beijo entre a Penelope Cruz e a Scarlet Johasson foi forçado, sem tesão das personagens, discordo também, o beijo foi com muito tesão e com carinho, algo que fez diferença no filme.

A única opinião que realmente compartilhei com uma pessoa que viu o filme (e foi a primeira a recomendar o longa) foi que me identificaria com um personagem ou me identificaria com todas as personagens femininas. Ela tinha ficado impressionada como sou parecida com a Vicky e que se preocupava muito comigo. Realmente sou muito parecida com a Vicky, não sou de abrir mão coisas estáveis por outras instáveis. Racionalizo todos os meus relacionamentos.

Mas se tem personagem que sou muito parecida, é da Penelope Cruz, a Maria Elena. Maria Elena é um ode a todas loucuras que podemos cometer por amor e por paixão. Aquela emoção destrutiva. Eu fiquei imaginando para os homens com os quais eu me relacionei ao longo da minha vida, o quanto deve ter sido assustador conhecer este meu lado tão tempestuoso.

Um dia você conhece uma mulher completamente racional. Com o decorrer do tempo, eu me transformo exatamento no meu oposto. Uma mulher que pode tentar matar seu parceiro, num gesto de total paixão. Realmente é de fundir a cuca e afastar qualquer homem que tenha se interessado em mim.

Foi terapêutico me ver, de uma forma excessiva, na tela do cinema.

3 comentários:

Fofa disse...

Estava com saudades dos seus posts!

To louca pra assistir esse filme...

Beijocas

Fofa disse...

Não li, mas pelo seu comentário me empolguei!

Beijocas e ótimo fim de semana!

Lily disse...

Acabei não assistindo a esse filme! Mas tb me foi recomendado e vou tentar vê-lo e depois te conto o que achei! rs

Bjkss