segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Será que é o fim?


Como um trânsito astrológico, o Exercício da Mente está chegando ao fim. O Exercício foi uma jornada de descoberta.

Tenho muitos assuntos para escrever, mas por aqui não faz mais sentido. O ciclo terminou, dois anos passaram.

Comecei escrevendo recém casada e infeliz no meu emprego. Termino o blog, sem relacionamento e uma grande promoção na minha carreira. Não troquei as minhas prioridades, é só a vida que vai acontecendo sem dar bola para os planejamentos e prioridades. E sequer imaginei no passado, este presente.

Neste diário virtual, de um pretexto de escrever pra exercitar, descobri a mim. O que mais ansiava a minha alma. Foi muito difícil, abri mão de muitas coisas, mas ganhei tantas outras.

Mas analisando friamente, o blog foi importante para analisar meu casamento. A angústia de não estar feliz e não saber o motivo. De tentar esconder a minha identidade e escrever sobre a vida conforme eu gostaria que ela fosse.

Uma das minhas últimas postagens, falo do Exercício de não falar do casamento. Foi a partir dali, que percebi que não ia conseguir. Aqui neste blog coloquei nas entrelinhas a constatação da morte de um amor e toda angústia disso. Passei por todas as fases: não saber, ter certeza, tomar a difícil decisão, começar uma nova vida e ver o que resta de si próprio após o fim de uma relação.

A última fase do blog foi a minha virada. Uma tentativa de aprender a viver só. Só teve coisas grandes: paixões e conquistas profissionais. Vivi com intensidade. Alguns diziam que eu estava exagerando.

O caos externo era necessário para então chegar ao meu equilíbrio interno.

Como uma ostra, transformei meus grãos de areia em pérolas. E fiz um belo colar.

A decisão de acabar com o blog é romper com meu passado (o último rompimento), para seguir adiante. Terei um novo lugar pra exercitar minha mente, talvez acabe abordando assuntos parecidos com o "exercício", porque o que escrevo, sou eu. Mas preciso deste rito.

Alcancei o meu objetivo de escrever bem com este cantinho. Sou uma escritora mais confiante. Aprendi que redigir me acalma e organiza meus pensamentos. E descobri que escrevendo sou melhor do que falando.

Deixarei aqui o endereço do meu novo blog e lá terá minhas novas aventuras. Espero que meus poucos seguidores, continuem me lendo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu sou galeguinha

Desde de pequena carrego apelidos devido a minha descendência europeia. Já fui galega, meia calabresa - meia portuguesa, girafa, formigona, portuguesinha e vários outros apelidos que não recordo. Galego é descendente de Galiza (Espanha) e eu sou filha de português. Por ignorância de algumas pessoas, os nascidos em Portugal são chamados de galegos.

Esta minha herança sempre me causou sentimentos antagônicos. Eu gosto de ter um sangue que não pertence a esta terra. Mas sempre fui motivo de chacota, por ser diferente da minha família brasileira e dos padrões de mulheres daqui.

Eu sou alta, tenho um cabelo muito escuro e liso e não tenho a ginga da brasileira. Apesar de ter um corpo parecido com as meninas daqui. Sempre fui muito estabanada, por não ter a noção do espaço que ocupo. Quando era criança e adolescente, estas diferenças me incomodavam. Mas você cresce e descobre que não precisa seguir esterótipo nenhum e que viva a diversidade e a miscigenação.

Por não me sentir completamente brasileira, sempre quis saber, se me sentiria metade portuguesa. Cultivei a curiosidade de conhecer o país de origem do meu pai e comprovar se é apenas o sangue lusitano que corre nas minhas veias ou se é minha identidade também. Quero conhecer as mulheres portuguesas e os costumes. Descobrir se um dia pisando em Algarve, Porto ou Liboa, teria a sensação de que também era parte dali.

A cidade de origem da família da minha mãe aqui no Brasil é um local sagrado pra mim. Lá eu renovo minhas forças e encontro disposição pra seguir adiante. Carrego uma dúvida se em Portugal eu teria a mesma sensação de pertencer e escolher um local sagrado além mar.

Sanarei está dúvida no dia 21 de agosto, quando chegarei em Lisboa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pressentimento


composição: Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho

Ai ardido peito
Queira entender o seu segredo
Queira posar em seu destino
E depois morrer de teu amor.

Ai mais quem virá
Me pergunto a toda hora
E a resposta é o silêncio
Que atravessa a madrugada.

Vem meu novo amor
Vou deixar a casa aberta
Já escuto os teus passos
Procurando o meu abrigo.

Vem que o sol raiou
Os jardins estão florindo
Tudo faz pressentimento
Que esse é o tempo ansiado de se ter felicidade.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Em homenagem ao Dia do Amigo


A Lista

Composição: Oswaldo Montenegro


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu tive que voltar...


"Um grão de areia entra na concha da ostra, se enfia debaixo de sua pele, e ali irrita, machuca. Então a ostra secreta alguma coisa, espreme alguma essência do seu próprio ser e cobre com isso o grão invasor, só para deter a dor. Prepara camada após camada dessa substância mística, até o grão de areia e a dor que provocava antes não serem mais que uma lembrança."

Matt Scudder, de Lawrence Block

A pérola é um dos adornos mais bonitos usados em jóias. E também é algo bem delicado. Ouvi uma história que pérolas, após serem colocadas em anéis, brincos e colares, precisam ser constatemente usadas. Senão elas ficam escurecidas e perdem seu brilho característico e assim elas morrem. Pois é, após saírem das ostras elas ainda estão vivas e contato com a pele humana as mantém vivas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Exercício de férias

Tirei férias de mim mesma. Quando eu descobrir o que sobrou, volto aqui para contar.

Só sei que meus pensamentos lembram a música de Lulu Santos.

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente

Viu há um segundo

Tudo muda o tempo todo

No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar



Deixo um texto para reflexão:


DIA DE FAXINA"

Estava precisando fazer uma faxina em mim. Jogar alguns pensamentos indesejados fora, lavar alguns tesouros que andavam meio que enferrujados.

Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais. Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões. Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li.

Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas. E as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas. Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão, paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste.

Mas lá também havia outras coisas. E belas! Um passarinho cantando na minha janela. Aquela lua cor de prata, o pôr do sol... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas. Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.

Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante! Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço mesmo ou se mando para o lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos. Como foi bom relembrar tudo aquilo!!!

Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perde-lãs de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude, e pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar, de superar, de perdoar, e de RECOMEÇAR.....

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MEME DA COPA

Copa 2010 Brasil x Coreia Norte 16jun10, Tijuca (Rio de Janeiro, RJ)


Não gosto muito de meme, mas irei fazer uma exceção. Peguei do blog Tempo bom de ser feliz.

Em que ano você nasceu e quais Copas do Mundo você viveu e como estava naquela época.

Nasci em 1981, então passei por 8 copas do mundo:

· Copa 82: A copa do Zico, ídolo do meu mengão. Brasil voltou com as mão vazias e eu não lembro de nada, pois só tinha um aninho.

· Copa 86: Lembrança curiosa, pois não está relacionada com o desempenho dos nossos jogadores da seleção canarinho. Eu tinha uma camisa com um mexicano com um sombreiro, que fazia barulho, quando apertava o chapéu. Eu só tinha 5 anos e adorava esta blusa.

· Copa 90: Eu assisti os jogos na casa da minha avó. Só ela e eu. Acho que meus familiares não conseguiram ver os jogos em casa, por causa do trabalho. O meu ídolo era Taffarel. E colecionava figurinhas da copa.

· Copa 94: 94 já merece um capítulo a parte, por ter sido "O ANO". O começo da adolescência. Treze aninhos... A melhor copa da minha vida. Vi com meus amigos na esquina da casa que eu moro agora (coincidências). Virei zagueira de um time de meninas logo após o tetra, mas a minha carreira futebolística terminou muito cedo.

· Copa 98: Não lembro nada, nem com quem assisti e muito menos onde. Só do fiasco do Ronaldinho (não consigo chamá-lo de Ronaldo) na final.

· Copa 2002: Esta copa foi inesquecível, não necessariamente pelo lado positivo. Eu sofri um sequestro relâmpago, num dia de jogo do Brasil. Foi bem trash e realmente achei que ia morrer com 21 anos. A final assisti ao lado de uma pessoa muito querida. E se tem uma coisa que tenho certeza nessa vida é que enquanto a bola está em campo na África do Sul, meu querido se lembra da conquista do penta.

· Copa 2006: Eu fui obrigada trabalhar em dia de jogo da seleção, pois estava organizando um megaevento. Teve outros dois jogos que vi na casa de amigos (o povo ficou muito louco) e um outro que assisti numa casa noturna. Foi divertido, mas nada de extraordinário.

· Copa 2010: Eu voltei a ver na mesma casa noturna com meus amigos do trabalho e deu sorte para o Brasil. Para comemorar fui até Alzirão, famosa rua do Rio por ser um local que muitos veem os jogos da seleção num telão montado. Ontem assisti a partida na casa da minha tia com minha família, pertinho de onde assisti a copa de 94. Fiquei na cozinha preparando petiscos e no final fui atrás do bloco que se formou comemorando a vitória. Não sei onde vai ser próximo, mas gostaria de estar com meus amigos de faculdade.