terça-feira, 27 de abril de 2010

Acabei de acordar de um sonho


Neste sonho a trilha sonora era alice in chains, pearl jam, stone temple pilots, rage against the machine, nirvana.

Entro numa farmácia para comprar esmaltes pretos perto de uma casa onde rolava as festas mais iradas. Acho estranho me ver ainda adolescente.

Antes de chegar na festa passo para ver um bebê, encontro meu casinho que tenta impedir de eu ir na festa. Em vão, eu vou.

Chego lá, a faixa etária das pessoas eram na média de 30 anos e eu ainda com 16. Sinto-me só. Um violão, ao fundo, toca under the bridge. Só velas iluminam o ambiente, reconheço meu primeiro amor passando por mim com seu blusão preto e cabelos na cintura. Finalmente alguém que regulasse de idade comigo. Ele passa por mim, mas não me vê ou finge que não.

Começo a chorar, procuro um lugar pra ninguém me encontrar com o rosto molhado. Vejo um quarto, abro a porta e vejo um casal transando. Ao invés de sair, assisto toda ação, eles nem percebem a minha presença. O homem na cama era meu casinho, descubro a sua insistência para que eu não fosse na festa.

Xingo-o em pensamento, comigo ele nunca tinha sido tão carinhoso. Mas paro finalmente de chorar. Aliás por quem mesmo estava chorando? Tenho que sair antes que eles me vejam, pulo a janela. Encontro um grupo de pessoas jogando verdade e consequência. Muitas garrafas vazias e uma ponta de um baseado apagado. Todos me encaram, mas saio correndo, o som da risada deles ecoa no meu ouvido.

Procuro um banheiro, xingo, desta vez em voz alta, pois estou perdida na festa. Vomito num tanque, ao passar por ele, estou completamente bêbada. Quando foi que eu bebi? Só lembro que entornei várias margaritas num vaso de planta, queria embebedar uma menina que iria roubar meu coração por 2 vezes. Apostei com ela quem bebia mais, ela perdeu e eu trapaciei. Vômito e amnésia alcoólica de castigo.

Encontrei o banheiro, meu amor, meu grande amor, estava com um canudo na narina abaixado na pia. Desta vez ele falou comigo. Perguntei o porquê de não falar comigo quando nos encontramos, sua resposta é abaixar a cabeça pra terminar com o pó. Chego perto e sinto o cheiro de shampoo do cabelo dele, apesar da fumaça de nicotina que estava impregnada naquele ambiente. Adoro passar meu nariz pelos cachinhos. Suas poucas palavras elogiam meu vestido preto. Ainda ouço sua risada provocativa, "- sonhei com você vestida assim, é o seu vestido de iniciação na wicca". Sento ao seu lado no vaso sanitário, choro mais uma vez, lembro que não tenho mais 16 anos e que toda ação são mensagens do meu subconsciente.

*Foto do filme Quase Famosos

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