sexta-feira, 9 de abril de 2010

Relato da tragédia

São Gonçalo, RJ

A chuva que atingiu o Rio de Janeiro foi muito cruel, não me atingiu diretamente e nem perdi nenhuma pessoa querida. Mas conheço alguns casos de pessoas próximas que perderam seus bens materiais.

Há uma grande mobilização por vários amigos e instituições para arrecadar roupas, comidas e móveis para ajudar estas pessoas na reconstrução de suas vidas.

Nós, cariocas e fluminenses, ainda estamos muito perplexos com tudo que aconteceu. Não existe um só momento que não tocamos no assunto sobre o ocorrido, seja no trabalho ou no transporte coletivo. Um clima de solidariedade que faz com que conversemos até com desconhecidos.

Apesar da chuva ter diminuído, ainda não acabou totalmente. O trânsito está caótico por conta de estradas e avenidas fechadas. Ontem demorei uma hora a mais pra chegar na minha casa porque teimei em pegar ônibus. Há uma mobilização indireta para os cariocas não saírem de casa neste fim de semana.

Vista da janela do meu trabalho

A maré está cheia, o que provoca ondas imensas por conta da ressaca e isso foi um dos motivos que ajudaram nesta enchente. A minha vista da janela do trabalho é a Baía de Guanabara. Geralmente, a baía tem a água muito tranquila e sem ondas. Mas agora podemos identificar ondas batendo em rochedos por conta desta ressaca.

As ruas estão mais vazias, escolas e faculdades ainda não retomaram as aulas normalmente. Quem mora em lugares de risco ainda estão com dificuldades de voltarem aos seus trabalhos. Esta enchente mudou nossa rotina e não sei quando voltaremos ao normal.

Fotos: Jornal O Globo

Um comentário:

Freda Franchin disse...

Luuuu, eu tbem tinha o maior preconceito com esses livros de auto-ajuda!!! Por isso me surpreendi tanto com esse tbem!!