quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exercício de se entregar

Quando era adolescente, era extremamente romântica. Poderia dizer que a culpa são os contos de fada que nos são dados quando criança. Mas desconfio que é meu mesmo. Acredito na magia dos acontecimentos. Vejo o mundo de uma maneira que as mulheres são cortejadas. Gosto do clima de um café da manhã quando seu amado acorda, de um presente sem data especial, adoro presentear as pessoas queridas com cartões etc.

Mas este lado de acreditar no amor é massacrado de diversas formas. Parece que todo o tempo vemos o descompasso no amar. Como diria Drummond:

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim
que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."

O encontro de dois corações é bem difícil de acontecer. E quando este encontro acontece temos que celebrar e agradecer aos deuses por este momento único. Mas como é difícil a entrega. Depois de várias decepções amorosas o coração fica endurecido. Palavras naõ são suficientes. Acredito que uma vida no qual não amarmos e não sermos correspondidos é uma vida vazia, sem sentido. O amor é a razão do existir (definitavemente eu sou romântica) .

Um comentário:

Marina disse...

Às vezes acho que o encontro de dois corações (sendo um desses dois o meu) é quase impossível. E olha que eu sou romântica.