sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Estou com sorte no jogo....

....e com azar no amor. Não dá pra ser 100% feliz. Ganhei dois sorteios consecutivos...

Posso dizer que hoje estou muito feliz!!!!!!!!!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Presentinho...



É uma corrente muito bem planejada, que se Não for feita prejudica quem passou o selinho, porque este não terá a Caricatura!
Enfim...
Regrinhas básicas:
1 - Exibir o selinho do Blog Olha que maneiro!
2 - Postar o link do blog pelo qual foi indicado.
3 - Indicar e comunicar 10 blogs da sua preferência.
4 - Publique as regras.
5- Confira se os blogs indicados cumpriram as regras.
6 - Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá uma caricatura em P&B.
7 - Só está valendo se todas as regras acima forem seguidas!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Emagrecer

Desde de segunda estou seguindo uma dieta equilibrada, sem cair em tentação. Hoje me deu vontade de comer um doce, comi unzinho light.

Só por hoje estou fazendo tudo certo e estou com muito orgulho de mim.

As verdadeiras mulheres felizes


Martha Medeiros

Acabo de ler um livro de Eliette Abecassis, uma francesa que eu não conhecia. O nome da obra, no original, é Un Heureux Événement, que pode ser traduzido para Um Feliz Acontecimento, mas é um título irônico, pois o livro trata sobre o fator que, segundo a autora, destrói as relações amorosas: o nascimento de um filho. Num tom exageradamente desesperado, a personagem narra o fim do seu casamento depois que dá à luz. Concordo que a chegada de uma criança muda muita coisa entre o casal, mas a escritora carrega nas tintas e cria um quadro de terror para as mães de primeira viagem. Se o nascimento de um filho é sempre desconcertante, é preciso lembrar que é, ao mesmo tempo, uma emoção sem tamanho. De minha parte, só tenho bons momentos a recordar, nada foi dramático. Mas mesmo que, por experiência própria, eu não compartilhe com a desolação da autora, ainda assim ela diz no livro uma frase muito interessante. Ao enumerar as diversas mazelas por que passam as criaturas do sexo feminino, ela me veio com esta: "os homens são as verdadeiras mulheres felizes".

Atente para a sutileza da frase. O que ela quis dizer? Que os homens saem pela porta de manhã e vão trabalhar sem pensar se os filhos estão bem agasalhados ou se fizeram o dever da escola. Os homens não menstruam, não têm celulite, não passam por alterações hormonais que detonam o humor. Os homens não se preocupam tanto com o cabelo e não morrem de culpa quando não telefonam para suas mães. Os homens comem qualquer coisa na rua e o cardápio do jantar não é da sua conta, a não ser quando decidem cozinhar eles próprios, e isso é sempre um momento de lazer, nunca um dever. Os homens não encasquetam tanto, são mais práticos. Eu, que estou longe de ser uma feminista e mais longe ainda de ser ranzinza, tenho que reconhecer o brilhantismo da frase: os homens são mulheres felizes. Eles fazem tudo o que a gente gostaria de fazer: não se preocupam em demasia com nada.
Porque nosso mal é este: pensar demais. Nós, as reconhecidas como sensíveis e afetivas, somos, na verdade, máquinas cerebrais. Alucinadamente cerebrais. Capazes de surtar com qualquer coisa, desde as mínimas até as muito mínimas. Somos mulheres que nunca estão à toa na vida, vendo a banda passar, e sim atoladas em indagações, tentando solucionar questões intrincadas, de olho sempre na hora seguinte, no dia seguinte, planejando, estruturando, tentando se desfazer dos problemas, sempre na ativa, sempre atentas, sempre alertas, escoteiras 24 horas.

Os homens, mesmo quando muito ocupados, são mais relax. Focam no que têm que fazer e deixam o resto pra depois, quando chegar a hora, se chegar. Não tentam salvar o mundo de uma tacada só. E a chegada de um filho, ainda que assuste a eles, como assusta a todos, é algo para se lidar com calma, é um aprendizado, uma curtição, nada de muito caótico. Eles não precisam dar de mamar de duas em duas horas, não ficam fora de forma, não enlouquecem. Isso é uma dádiva: os homens raramente enlouquecem.

Nós, nem preciso dizer. Nascemos doidas. Por isso somos tão interessantes, é verdade, mas felicíssimas, só de vez em quando, nas horas em que não nos exigimos desumanamente. Homens, portanto, são realmente as verdadeiras mulheres felizes. Que isso sirva de homenagem aos queridos, e sirva pra rir um pouco de nós mesmas, as que se agarram com unhas e dentes ao papel de vítimas porque ainda não aprenderam a ser desencanadas como eles.

27/05/2007

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sobre ficar sozinha


Estava conversando com uma amiga que está aflita com a possibilidade do namorado ter que morar fora do Brasil. Ela que está na reta final de uma faculdade, não pode acompanhá-lo e já está sofrendo de antecipação, como só as mulheres costumam fazer.

Eu com minha visão muito prática da coisa, disse:

- Seis meses passa rápido. Depois você vai e fica com ele.

- Mas eu vou ficar neurótica pensando no que ele estará fazendo. E vou morrer de saudades também-respondeu minha amiga.

- Bom, seis meses passa muito rápido. Termina com ele, beija todas as bocas que você ainda deseja e depois casa com ele. Não existe melhor despedida de solteira.

- Se eu ficar solteira, vou acabar esquecendo ele - assim finalizou a minha amiga.



Este diálogo me fez refletir o quanto a minha amiga não percebe o quanto não gosta do namorado. Por que nós temos a tendência de manter relacionamentos que não gostamos, que não temos afinidades, que não temos mais nada em comum. Mas seguimos nisso firmes e fortes. Qual a dificuldade de ficar sozinha? Por que o medo de ficar sozinha fazem que muitas pessoas fiquem em relacionamentos ruins?

Estamos numa sociedade que a solidão é cada vez maior. Cada vez a individualidade é promovida com ideal de vida, onde a união é colocada em segundo plano. Acho que cada um pode escolher o estilo de vida que se encaixe mais no seu perfil. Pode ser junto feliz, sozinho e feliz. O que mais importa é ser feliz na sua escolha.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O cheiro que persegue


Não sei se é meu signo (touro) ou se é uma característica minha, mas uma coisa que me impregna a memória é o cheiro das pessoas. Sou capaz de esquecer um rosto, mas o cheiro nunca sai da minha lembrança.

O olfato é um dos sentidos mais primitivos entre os seres humanos, muitos ignoram este sentido. Outros não são capazes de sentir o cheiro. Acho que estou mais perto do meu lado mais animal.

Um dos cheiros que mais gosto é de terra molhada de chuva. Outro que também entra no ranking é cheiro de tijolo (dá pra sentir o cheiro com mais facilidade quando o tijolo está molhado).

De frutas, gosto do cheiro do abacaxi, do maracujá e da banana.

De comidas, adoro o cheiro do frango assado na padaria.

Nas flores, a minha preferida é a Dama da Noite. Esta flor só dura uma noite e impregna o cheiro das madrugadas.

De homens eu não tenho um preferido. Mas guardo todos os cheiros, desde do primeiro namorado até o último. Às vezes andando na rua, o vento traz o cheiro de algum e fico com saudade de sentir o cheiro daquele que um dia foi e não é mais.

Não conheço ninguém tão ligado a odores como eu. Alguém que passa por aqui também se liga nos cheiros?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quando a razão briga com a emoção II

A Ana continua apaixonada pelo Renato. Ela já não sabe mais o que fazer. Renato é seu oposto. Porém ela não pára de pensar na sua boca, nos seus beijos e no seu jeito.

O que Ana vai fazer com esta paixão que ela está sentindo, ela não sabe. Isso desafia qualquer razão... Renato por sua vez está cada vez conquistando a Ana com seu jeito de tratar uma mulher.

Ana está preocupada. Renato também. Mas estão vivendo um dia de cada vez...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Será que um dia eu me perdôo?

Com o passar dos dias fico pensando em culpa. As minhas últimas atitudes foram de só pensar em mim. Quando pensamos demais em nós mesmos, acabamos não nos preocupando com os outros e assim magoamos sem querer.

Eu não consigo deitar minha cabeça no travesseiro sem ficar me remoendo de culpa versus sentimento de prazer. Assim deve se sentir alguém que cometeu um crime. Meu "crime" não dá cadeia. Minha mente me colocou num labirinto, que não consigo fugir e que em cada canto me vejo da pior forma possível.

O monstro que me tornei, a angústia que carrego dia e noite. A bomba que vai explodir a qualquer momento. Serei apedrejada pois não consigo ser feliz como qualquer outra mulher. Se conformar diante da vida que não combina comigo.

Me cansei de ser melancólica, mas por hoje deixo meu desabafo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Quando a razão briga com a emoção


Ana era divorciada, após a separação nunca imaginou que iria encontrar um novo amor. Fez de sua separação um período solitário e não mantinha esperanças amorosas. Sabia que um amor da forma que ela desejava, era muito difícil.

Só quem já passou por um casamento traumático poderia entender as razões de Ana de não procurar um homem. Ana possui uma beleza comum, vaidosa e não prestava atenção aos olhares que despertava.

Trabalhava muito, porque dali era onde poderia colocar toda sua energia. Trabalhava com o que gostava. Seus momentos de diversão eram jantares em lugares caros, viagens e uma taça de vinho que tomava sempre antes de dormir.

Os filhos já estavam fora de casa. Ela se acostumou no silêncio de sua casa. Ou melhor, quando o silêncio a incomodava, ela colocava Nina ou Elza no CDplayer e assim deixava sua imaginação fluir. Nestes momentos sonhava com aquele amor que nunca teve e nem esperava ter. O homem que poderia compartilhar estes momentos.

Mas o destino quis pregar uma peça em Ana. Sua amiga a convidou para ir na quadra de uma escola de samba em pleno verão. Ana relutou muito, ela não gosta da tríade: samba, suor e cerveja. Calor era uma coisa que não combinava, gostava de lugares mais frescos. Com o argumento de que seria apenas uma vez, ela resolveu passar por esta experiência antropológica.

Curtiu aquele momento, mas sabia que ali não era o seu lugar. De repente o diretor de bateria da escola de samba veio conversar com sua amiga. Dali, ela sentiu algo que não sentia há muito tempo. Seu coração bateu forte. E não sabe como aceitou uma próxima saída com aquele grupinho animado.

A próxima saída foi um samba de gafieira. Ana também não gostava deste estilo de lugar. Mas foi ali, que um a um dos amigos foram saindo e restaram ela e o diretor de bateria. Renato era seu nome. Naquela conversa maliciosa, viu como o mundo deles era distante. Ele era aposentado e a escola de samba era seu prazer. Onde a vida se tornava mais doce.

O inesperado aconteceu rolou um beijo, dois, três. Prolongaram a noite. Ana nunca tinha achado um homem que possuísse o mesmo encaixe sexual. Era se sua boca era a peça de quebra-cabeça que se encaixava na do Renato.

No dia seguinte, eles foram jantar no restaurante preferido da Ana. Renato visivelmente deslocado no local, ele vinha de uma origem humilde e se sentia um peixe fora dágua. Ana já sabia que estava se apaixonando, Renato também estava correspondendo. Mas a razão venceu a emoção, eles não combinavam em mais nada, só em pele, carinho e amor.

Com a sabedoria adquirida da maturidade, viram a impossibilidade da relação fora de 4 paredes. E assim nunca mais se viram. Ana hoje tem certeza, que Renato abriu seu coração para novas possibilidades. Ela continua sem pressa, vivendo sua vida e se o destino desejar, uma pessoa com uma vida mais compatível aparecerá.

Agora a pergunta, se você estivesse no lugar da Ana, você abandonaria uma paixão por incompatibilidade? Ou abandonaria uma paixão porque o momento não foi apropriado? Ou viveria aquele sentimento até o fim?

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Meu mundo não caiu. Mas está dando voltas

Após porre homérico, coloquei pra fora tudo que me fazia mal, literalmente. E estou mantendo a risca a meta de ser feliz em 2009.

O sambinha estava animado, conversa interessante, estava soltinha, leve e feliz... Um pouco nostálgica ao ouvir as músicas.

Não sei como cheguei em casa e percebi que tinha umas lacunas nas lembranças. O pouco que lembro fizeram a noite acabar com saldo positivo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Atualizações

- O bonitão, que trabalha ao lado, hoje me tocou ao falar comigo. Isso é um ótimo sinal, mas pode não significar nada também.

- Não estou conseguindo cumprir nenhuma meta para 2009. Eu tenho que emagrecer, não aguento mais ser a gordinha.

- Não sei por qual razão, a minha sensualidade está em evidência e tenho recebido várias cantadas. Poucas, realmente, são de pessoas interessantes, onde posso investir em mais de uma transa.

- Eu tive dias maravilhosos com estes feriados. Porque não consigo manter a vitalidade daqueles dias quando volto a trabalhar?

- Ganhei de amigo-oculto o livro Leila Diniz: uma revolução na praia. Devorei o livro. Recomendo a leitura. Desde de muito nova, me interessei pela trajetória da atriz. Sempre achei interessante o fato dela ser livre, para xingar palavrões, para transar com que ela quiser. Posso dizer que me espelhei nela como representante do sexo feminino. O que eu gostaria de me tornar como mulher. Não chego aos seus pés, infelizmente.

- Devido ao livro, gostaria de assistir o filme-biografia da Leila, Todas as mulheres do mundo. Eu devia parar de postar os filmes que gostaria de ver e só escrever sobre os filmes que vi. Tem algumas postagens no qual cito estes filmes que para mim são inéditos e fico com aquela vontade de assistir e acabo não alugando na locadora.

- Com a minissérie Maysa e o livro da Leila, a mulher a frente do seu tempo voltou a moda. A minissérie ainda não consegui assistir um capítulo inteiro. Mas gostei do pouco que vi.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

As festas foram ignoradas pelo blog...


Mas foram intensamente vividas pela blogueira. Se eu pudesse perpetuaria no tempo dezembro até fevereiro. Este é meu desejo para 2009, que eu viva sem perder os sentimentos e alegrias destes tês meses.

Portanto queria decretar que 2009 será um eterno verão, com férias e muitas festas: natal, ano novo e carnaval. Com pessoas bronzeadas, com muito sol e praia.

Onde eu reencontre pessoas queridas, mais distantes, como acontece no natal. Que minha vida sempre possa ter um recomeço como no ano novo. Que as chuvas de verão levem embora toda tristeza e mau-humor que possam surgir eventualmente.

Que minhas energias estejam sempre recarregadas depois das férias de janeiro ou de fevereiro. Que a alegria me acompanhe ao chegar no meu trabalho pois saberei que no final do dia terei um resquício de sol (devido ao horário de verão) e poderei visualizar um pôr-do-sol na praia ou me exercitar ao longo da orla do Rio de Janeiro.

Que eu possa colocar em prática minha dieta e meus planos de um ano novo bom. Que eu posso amar com a leveza dos amores de verão. Aqueles que são totalmente descompromissados, mas que são inesquecíveis.

Que eu posso brindar com champanhe, vinho ou cerveja, celebrando esta vida tão maravilhosa que tenho. Também beberei muita água para aplacar este calor e refrescarei minhas idéias e atitudes.

Não terei muita fome e comerei coisas leves, mantendo o equilíbrio entre corpo e mente. Colaborando com a minha saúde que foi tão frágil em 2008.

Minhas roupas serão coloridas e alegres. Vestidos com estampas coloridas onde colocarei toda a minha feminilidade. Não existe melhor época para as mulheres poderem mostrar suas pernas, seus decotes e sua sensualidade.

Que eu possa acordar com o sol batendo no meu rosto, onde não terá um edredon pesado para me aquecer, pois meu corpo estará fresco do ventilador ou do ar-condicionado.

Porque todos os dias de 2009 serão de alegria e a tristeza nem pode pensar em chegar, pois o espelho me disse que na avenida ninguém é mais feliz do que eu.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Eu não escrevi o texto abaixo, mas poderia ter escrito pois nenhum texto retratou tanto minha vida.

Eu odeio lavar louça. Na verdade, odeio fazer qualquer serviço doméstico. Sou bagunceira, preguiçosa e a culpa é a da minha avó (não sei com quem aprendi a responsabilizar as pessoas certas, mas sempre fiz isso muito bem).

Ela bem que tentou, criou as filhas e as netas para serem donas de casa impecáveis. Mas, eu, lá por volta dos meus sete anos de idade, assim que me dei conta de que estava sendo educada e treinada para ser uma boa esposa, peguei pavor aos ensinamentos que ela tanto se esforçava para nos passar. Cruzei os braços, chorei, esperniei, entortei os talheres, quebrei as vassouras e ignorei os lustra-móveis. Não aprendi a passar roupa, lavei os pratos sonhando poder quebrá-los em festas gregas, jurei que não me casaria, que não teria filhos e faria tudo o que eu quisesse da minha vida. Enquanto isso, ela dizia...

- Se você não souber cuidar de uma casa, quem vai cuidar da sua quando você tiver uma?

Dotada da arrogância dos nossos genes, eu respondia:

- Vou ter empregada!
- E vai ser madame com que dinheiro?

Precisei de terapia para lembrar que foi assim que começou tão cedo minha obsessão por independência financeira. Eu tinha certeza absoluta de que pagaria minha vida de madame com o meu próprio dinheiro, que não aceitaria que ninguém pagasse minhas contas, que não queria ser dona de casa, mãe ou manipular meus homens com afagos em troca de trocados. Não queria acordar, lavar o rosto, trocar de roupa, ir para o fogão, passar o café, servir os filhos, dar bom dia para o marido, vê-lo partir para o trabalho depois de um beijo na testa, ver os filhos partirem correndo para a escola, tirar a mesa suspirando, ligar o rádio sempre na mesma estação, arrumar a cozinha misturando os sonhos com as canções, lavar as roupas reclamando dos filhos da vizinha que ouviam músicas em um volume mais alto que os pensamentos, limpar o chão da sala com água e cera, seguir para o quarto abrindo a janela e tirando o pó, libertando o pó, caminhando entre o próprio pó.

No final da tarde, quando todos começavam a chegar do trabalho e da escola, lá estava ela engomando as roupas em silêncio enquanto eu me perguntava quem ela realmente era, o que sonhava, se já havia desejado ser outra pessoa, se sentia prazer, se um dia a veria chorar.
Nunca vi minha vó chorar... Dá para acreditar? Não sei como minha mãe se transformou na mulher sensível que é, sendo filha da rocha polida que é a mãe dela.

Ontem de manhã me disseram que ela vai precisar de um andador para se locomover. É bem provável que ela não possa mais viver só com meu avô, que precise de maiores cuidados. Enquanto os filhos não decidem o futuro, ela está apática, não quer mais conversar. Sai do sofá para o banheiro, do banheiro para a cama, da cama para o sofá. Vê programas de TV começarem e acabarem, continua preferindo as novelas. Meu avô tem trocado as roupas: as dela, as da cama, as dele. Aprendeu a fazer feijão e a chorar por ele e por ela.

A notícia de que ela não está mais podendo andar me foi dada no mesmo dia que fiquei sem empregada pela segunda vez no ano e voltei a fazer testes com as possíveis candidatas... Mulheres que aprenderam a lavar, passar, cozinhar, amar aos outros e ignorarem a si próprias. Mulheres que chegam na minha casa de manhã, sempre em busca de uma estação de rádio, com os mesmos olhares distantes, as vezes cantarolando, quase sempre chorando com o corpo mais do que com as palavras. Nenhuma delas tão eficiente quanto são as mulheres que minha vó criou, todas elas com desejos secretos de quebrar pratos tais como os meus. Todas elas tão diferentes de mim no dia a dia do trabalho e tão iguais nos alicerces da alma. Eu observo, nunca reclamo. Brigo bem com qualquer pessoa, menos com quem faz minha comida e lava minhas roupas. Converso bastante, mas procuro conhecê-las através do silêncio. Vários testes, várias mulheres e ainda não consegui contratar nenhuma, embora sinta vontade de admitir todas. Não somente para que elas façam o que eu me recusei a aprender quando minha avó tentou me ensinar, mas para ensiná-las a transformarem o trabalho em liberdade, a não aceitarem trocados ou simplesmente acreditarem que pode não ser possível fazer o que bem entendemos todos os dias, mas que um único dia deveria bastar para que não desistissem.

Alê Felix

Fonte: http://www.alefelix.com.br/arquivo/2008/12/eu_odeio_lavar_louca_na.html

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Até quando vale a pena lutar por um amor?


*Autor desconhecido

Muitas vezes, vivemos relacionamentos difíceis, que nos causam muito mais tristezas, decepções e dores do que alegrias e satisfação. Mas, por algum motivo que nem nós mesmos sabemos qual é, insistimos em manter essa relação.

Teimamos em tentar de novo, nos agarramos em palavras que não correspondem a realidade nem com as atitudes tomadas pela outra pessoa. E assim, confusos e perdidos nesta sensação entre o amor que gostaríamos de viver e o que realmente estamos vivendo, não sabemos o que fazer!

Convencidos de que amamos a outra pessoa, nos enchemos de forças e coragem para lutar por ela. Mas, logo depois, percebemos que não há reciprocidade, que a pessoa não está disposta a lutar, a tentar de verdade, a cumprir o que promete e, então, vemos nossas esperanças se diluírem e a nossa dor aumentar ainda mais. Algumas pessoas adoecem, entram em depressão, sentem-se desmotivadas, afastam-se dos amigos, perdem até o emprego por causa de uma relação que mais parece uma tortura, esmagando sentimentos e desejos.

Neste momento, por mais que não queiramos ouvi-la, a pergunta se repete em nossa alma e exige uma resposta: vale a pena continuar? Vale a pena insistir? Será que existe a possibilidade de conquistar essa pessoa definitivamente?

Enfim, creio que a resposta não seja tão objetiva, especialmente porque não podemos prever o futuro com tamanha clareza. No entanto, esta é, sem dúvida, a hora de olhar para nós mesmos e nos respeitarmos, nos valorizarmos e, acima de tudo, nos amarmos.

Não tenho dúvidas de que se não fizermos isso, a outra pessoa também não fará. Mas se, ao contrário, decidirmos nos reconquistar, lutar por nós mesmos, enxergarmos o que temos de bom e nos reerguermos, haverá uma saída. Ou seja, ganharemos força e discernimento para descobrirmos a resposta certa: se vale a pena ou não!

Se valer, estaremos prontos para "exigirmos" o que queremos desta relação, mostrando à pessoa que merecemos ser amados, respeitados e valorizados. E ela, se realmente nos amar, estará disposta a nos dar o que merecemos. Mas se não valer, estaremos prontos para abrir mão deste relacionamento que não nos tem trazido nada de bom, que tem servido apenas para nos deixar angustiados e desesperados com tamanha indecisão, incerteza e incoerência.

Então, se você estiver vivendo um relacionamento que tem lhe causado mais dor do que alegria, eu sugiro que você se faça algumas perguntas e seja sincero consigo mesmo. A primeira é: você realmente ama esta pessoa? Se a resposta for não, então nem precisa responder as próximas questões. Mas se for sim, então pergunte-se: tem dado o melhor de você para tentar salvar a relação? Depois, avalie: a pessoa amada está disposta a salvá-la também? As atitudes dela demonstram um verdadeiro amor ou expressam indiferença, incompreensão e desrespeito?

Caso ambas estejam dispostas a se reconquistarem, é bem provável que consigam. Mas se só você estiver disposto a isto, o melhor a fazer é colocar um ponto final nesta história, pois um relacionamento se compõe de dois corações e nunca de apenas um!

Talvez, um dia, esta pessoa esteja pronta para viver esta relação e volte a lhe procurar, mas por enquanto, os fatos estão mostrando que não dá mais! Lembre-se que uma pessoa se apaixona por outra por causa de suas qualidades e depois, com a convivência, aprende a aceitar os seus defeitos. Então, cuide de você, expresse mais as suas qualidades, melhore seus pontos fracos, supere suas limitações e torne-se uma pessoa apaixonante.

Não desperdice a sua vida insistindo numa relação que não lhe faz crescer, que não torna você uma pessoa mais consciente e mais inteira. E nunca se esqueça que o universo lhe dá exatamente aquilo que você acredita que merece! Portanto, trate de se valorizar e, assim, terá certeza absoluta de que você merece muito mais...