segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Exercício de arrependimento


No ano de 1997 uma carioca saiu em excursão (excursão é algo cafona) para São Paulo. Sua escola a levou para uma feira no Centro de Convenções no Anhembi. Era importante para o curso que ela fazia. Antes de chegar no Anhembi ia ter uma parada no Playcenter de São Paulo e isso foi o que realmente motivou a menina de 16 anos sair do Rio.

Dias antes a menina procurava uma amiga ou amigo que pudesse acompanhá-la, mas ninguém tinha dinheiro para viajar. A carioca não sabia se realmente iria, pois não conhecia ninguém que ia nesta excursão. Mas ela queria tanto ir, que foi assim mesmo.

Na viagem de ida, logo ela fez amizades, afinal todos estudavam no mesmo colégio. E foi extremamente divertido. Chegando no playcenter, logo foi na montanha-russa, pois era sua diversão favorita. Mas o que ela nunca esqueceu foi a Casa de Horrores. Primeiro porque ela ficou com muito medo.

E segundo porque saindo do brinquedo, ela conheceu um menino lindo. Ela estava indo para uma outra atração do Parque e cruzou os olhares com um branquinho de cabelos escuros. Ele também encarou-a e assim as novas amigas da garota encorajaram a garota de falar com ele.

O nome do menino era Luis Fabiano da Silva. Sem nenhuma razão específica, a garota guardou o nome do menino na memória. Ele tinha 18 anos e era de São Bernardo do Campo. Como tudo nesta idade o encontro entre eles foi intenso. Muitos hormônios em ebulição. Foi algo inesquecível para a garota.

Ela estava sem sua máquina fotográfica, estava emprestada com uma de suas novas amigas. Ela queria tanto tirar uma foto dele para guardar de recordação. Ele pediu o telefone dela, mas ela não quis dar. Achou que aquilo era muito especial e deveria ficar inesquecível para os dois. Queria imortalizar aquele momento. Queria ficar marcada para uma pessoa que ela mal conhecia.

Tentou achar as amigas, mas já era tarde demais. A excursão estava indo embora para o Anhembi e as amigas já estavam dentro do ônibus com sua máquina fotográfica. Se despediu, o menino achou-a louca por não ter entregue o telefone e nunca mais se encontraram.

Como é óbvio, eu sou a garota. Hoje me arrependo de não ter trocado o telefone. Nunca mais esqueci esta excursão, pelos amigos que fiz, alguns amigos até hoje, e pela paixão platônica. Hoje, não sei porquê, lembrei desta história. E fiquei pensando se o Luis Fabiano ainda lembra de mim. Um dia queria reencontrá-lo, por isso deixo esta lembrança aqui na internet. Vai que ele resolve procurar seu nome no google.

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