quinta-feira, 31 de julho de 2008
Na academia
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma".
terça-feira, 29 de julho de 2008
Vício em Grey´s Anatomy
Doc. McDreamy and Grey em cena, com suas tensões sexuais, no seriado Grey´s Anatomy.
Ando evendo uns capítulo e tenho ficado enlouquecida com a tensão sexual dos personagens. Todos os médicos parecem adolescentes com os hormônios à flor da pele
Como também tenho sentido estes sintomas. O meu desejo mais recente é ficar sozinha num elevador com McDreamy.
Aquele olhar que ele lança para Meredith, me dá uma saudade de uma pessoa.
Tudo bem que as minhas lembranças tem mais sentido com McSteammy.
Toda mulher gostaria de ter os dois. O safado e o sensível.
Ultimamente tenho preferido qualquer coisa que não seja o "safado".
Mas dá uma saudade!!!!!!!!!!
O melhor lugar para namorar em Grey´s Anatomy, no elevador.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Estranhos
antes são dois estranhos
de repente você encontra com este estranho
e começa a desenvolver uma história
conheci vários estranhos
e tive várias histórias
umas são de uma noite
e outras relações são de uma vida
como saber o que acontece, para você gostar mais de uma pessoa que outra, durante a sua vida?
não são dois estranhos a princípio?
não tenho como não pensar numa força superior
pq umas pessoas são mais importantes que outra na sua vida?
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Numa loja de roupa
Amigo: Por que você gosta destas roupas românticas?
Eu: Eu, romântica?!?!?
Amigo: Ué, não é você que acredita em amor a primeira vista???
Certas coisas fazem sentindo.
Ódio as mulheres magras
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Frase
Sabia que a minha falta de viver na juventude ia dar nisso agora.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Exercício de surdez
23/07/2008
terça-feira, 22 de julho de 2008
Exercício de chorar
Deve ser porque quase nunca falo das dores que sinto. Nem as físicas, porque raramente as sinto. E muito menos as dores do coração, que sinto com frequência.
É engraçado que me coloco numa posição tão superior as coisas, que sou incapaz de chorar, demonstrando assim o que sinto.
Sabe aquela criança que toma porrada e responde que "não doeu". Mas doeu, doeu muito.
Eu fico pensando quando recebo notícia de morte de alguém querido. Minha reação automática é reestruturar. Qual o próximo passo? Tomar banho, ir no velório, prestar assitência para as outras pessoas que estão sofrendo e enterrar o falecido.
Eu não penso na dor, fico em cima dela. O que ocasiona o não sentimento de dor. Ele está lá, mas o meu foco está para as coisas práticas, as coisas que terão de ser resolvidas. Não há espaço para o sentir.
Não. Eu não sou uma pessoa fria. Sou extremamente carinhosa e completamente emotiva. A minha máscara que é assim. Dura, fria e distante dos acontecimentos.
Curioso pensar que nem para os homens que amei, demonstrei isso. Eles davam porrada e eu rebatia com a fortaleza.
Estou aprendendo a chorar como forma de desarmar o inimigo. Mas ainda não é um choro verdadeiro.
Eu sou me permito chorar em uma situação. Aí sim é uma catarse. Geralmente choro na dor alheia. Pode ser alguém me contando algo, pode ser lendo um livro, pode ser vendo um filme.
Toda aquela tristeza represada é colocada pra fora. Aí ninguém entende, porque choro tanto vendo filmes ou lendo. Pra quem me viu poucas vezes chorando deve ser assustador.
Porque eu soluço mesmo. Sinto uma dor tão grande pelo outro que não consigo mensurar. Foi assim com o livro "Caçador de Pipas". Foi assim com "O Casmento do meu melhor amigo".
No filme, alguns irão dizer que não vê motivos para chorar. Mas o problema é que me vi ali. Pude ver a minha vida. E só assim pude me libertar.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Exercício da crítica
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quinta-feira, 17 de julho de 2008
"Fuja de mulheres intensas, elas são todas malucas."
Há uns dias atrás, estava lendo jornal na net, pq não tinha nada pra fazer no trabalho e descobri este filme:
Até este ponto nada demais. O problema foi que comecei a pesquisar e descobri que foi baseado num blog. E comecei ler este blog. Então comecei a perceber como a autora era intensa como eu.
Este contato com a Clarah me deu vontade de ter este cantinho aqui. Li seu blog mais antigo, o brasileira!preta. Devorei seu livro nesta noite, máquina de pinball. E algumas frases não saem da minha cabeça, porque poderia ter sido ditas por mim.
“fuja de mulheres intensas, elas são todas malucas”
“Dezessete anos. Meu primeiro amor, aquele que sempre dói muito e que me fez chorar e emagrecer dez quilos e perder a dignidade e ficar magrinha e doente e sofrendo debaixo da mesa do meu quarto”Tomei uma decisão, vou ver este filme amanhã na estréia. Sei que o filme pode ser uma porcaria, por causa da intensa expectativa. Mas no próximo post eu faço a crítica
Então acabei lembrando do meu velho blog. E neste velho blog, percebi que as minhas velhas questões ainda são as mesmas que me afligem. E me deu coragem finalmente de começar a escrever este aqui. Eu tenho pensamentos bacanas, falta apenas aprender a ordená-los num texto. Aqui será meu exercício diário de aprimorar minha escrita.
Não dizem que só se aprende a escrever, escrevendo. Estou tentando.
Maldades da menina má
Comprei porque tenho certeza que já fui uma menina má por aí. Queria encontrar semelhanças. Mas a única que encontrei é a busca pela intensidade.
Eu acho que vou pirar nisto. A vida não tem como ser intensa e plena o tempo todo. Por isso os posts anteriores tão deprê.
Enquanto não tenho um sentimento forte, pareço que morro aos poucos. Parece que a vida não vale a pena ser vivida.
Tenho gana de viver. Não consigo me conformar. Sou constantemente bombardeada (pelo meu outro lado) com a sensação que não quero ser acomodada.
Meu outro lado é visceral demais, é apaixonante, é impulsivo. E o lado que convivo diariamente é o acomodado, mais perfeito, carente, rotineiro, medroso.
É uma foda daquelas esta batalha. O lado careta sempre vence. Porque não consigo saber do que meu lado intenso é capaz de fazer.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O sentido da vida
Ridículo escrever sobre o sentido da vida, até porque não faço a mínima idéia. E também não tenho pretensão de ter esta explicação.
Quando nascemos já estamos linkados com a morte. Não importa o que foi feito ao longo da vida, você vai morrer mais cedo ou mais tarde.
Como não sabemos quando iremos desta para a melhor, analisei este fato. Se eu morrer hoje a minha vida valeu a pena até este momento? Tenho certeza que não.
Minha próxima reflexão foi o que fazer para ter uma vida digna de morrer feliz. No primeiro momento seria sair deste emprego de merda. Bom não é bem uma merda, ele até muito bom. O problema é sensação de não estar vivendo a minha vida.
Eu estou com espírito aventureiro, o problema que não tenho coragem de me arriscar. Tenho pavor do risco. Sou aquela que sou incapaz de me jogar num lago, sem antes testar a temperatura da água e sentir a profundidade.
É um momento de uma escolha que pode mudar completamente o rumo da minha vida. Se terei coragem eu não sei, mas acho pouco provável. Infelizmente.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Está tudo razoável
segunda-feira, 14 de julho de 2008
O exercício do Perdão
"As instruções pareciam claras: perdoe pelo bem do perdão. Perdoe não porque há um motivo que você entenda (pois talvez você jamais entenda Meus caminhos) nem porque Eu mereço (pois os caminhos que Eu manifesto muitas vezes são terríveis e assustadores). Perdoe unicamente por amor, para que possamos novamente ficar juntos. Perdoe porque você, criado à Minha imagem, também é um perdoador. Eu criei você com essa capacidade para que sempre, não importa o que aconteça em sua vida, você e Eu possamos estar juntos, prontos para um novo começo."
"Senti-me completamente só. Aquela sensação me lembrava das vezes em que discuti com minha mulher. Brigamos sobre alguma injustiça ou mágoa que tivesse ocorrido. Eu apresento meu caso perante meus juízes internos e provei estar certo. Isolei-me na minha integridade, punindo-a com rejeição e distância. Às vezes isso dura algumas horas, às vezes uns poucos dias. Mas finalmente, a solidão se instala. A distância se torna insuportável. O afastamento exige um fim. Meu desejo de reconciliação supera minha necessidade de estar certo ou de punir. E assim, sem sequer precisar falar sobre o motivo da briga, terminamos perdoando um ao outro para que possamos estar juntos novamente, amando novamente, seguindo em frente com nossa vida e com o relacionamento familiar. Não perdoamos por qualquer motivo, nem por aceitarmos a infantilidade um do outro, ou nossa fragilidade e imperfeição. Perdoamos simplesmente porque desejamos amar e nos reunir. Para que possamos estar juntos de novo. Para que as coisas voltem a ser como eram."