Só consigo amar, com um pouco de distanciamento (até este momento). Vejo a minha paixão como um homem misterioso, bonito, carinhoso. Mas peraí, são características do meu pai.
Longe de falar algo sobre Freud, não tenho conhecimento e nem paciência. E acho a sexualidade descrita por Freud muito incestuosa e não estou afim de matar nenhuma mulher do meu pai.
Estou curando a minha forma negativa de amar os homens reaprendendo a amar meu pai.
É duro saber que não é preferida, que você tem outras mulheres a quem dividir o meu amor. E não estou contando com a minha mãe. Por isso pra mim é tão mais fácil ser a outra das relações.
O lado bom de ser a outra é a liberdade que tenho. Não tenho o compromisso das relações. O lado bom de não ser a preferida do meu pai é que a culpa que ele carrega de saber disso me deixa livre para eu ser o que quero.
Estou cansada de ter papéis secundários na minha própria vida. Está na hora de eu dar uma guinada e definitivamente ser a protagonista. E tudo está ali naquele homem, que já é um senhor, que já quase morreu, que é triste, debochado, tímido e um tanto contido.
Te amo pai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário