segunda-feira, 4 de agosto de 2008

No casamento


*Não confundir tal conto, com fatos, eventos, lugares ou pessoas reais, cuja qualquer semelhança será mera coincidência.*

Sabe aqueles dias que você sai com pré disposição a bebida e acaba bêbada no banheiro de uma festa vomitando todos os salagadinhos degustados. Logo no casamento da filha do chefe ultra-conservador.

Sou uma secretária executiva de uma empresa familiar de médio porte. Tenho 35 anos e estou solteira. Quando entrei naquela empresa sabia que ela não tolerava romance entre os funcionários. Mas fiquei de quatro pelo advogado da empresa.

Bebi todas para esquecer, não era possível que o meu material de desejo, olhava com desejo para mim. Eu disfarcei tão bem ao longo dos meses, que até a copeira, minha melhor amiga, me pediu para ser menos sutil.

Mas eu não queria ser menos sutil. Deixa quieto este tesão encubado. Mas ele estava me olhando dançar. Eu tenho que curar esta bebedeira. Não tem mais nada para vomitar. Vou jogar água no meu rosto, retocar a maquiagem e ir embora. Já dei vexame na festa do chefe.

Ao sair do banheiro dei de cara com Alex, o advogado bonitão.

-Sr. Fernandes me pediu para aguardar você e vê se estava tudo bem?
- Obrigada pela atenção, estou bem, mas preciso ir embora. - despitando qualquer interesse
- Eu estou cansado também. Acho melhor eu te levar. Táxi nesta cidade não é muito confiável.
- Não precisa - eu até queria que ele me levasse, mas fiquei com medo da reação do chefe
- Eu te levarei e o sr. Fernandes não se incomodaria que eu levasse sua secretária.

Durante o trajeto até a minha casa, estava passando tão mal que não conseguia articular minhas palavras. Tudo que eu queria era agarrar aquele homem. Então ele foi conversando sobre as dificuldades de morar longe da família no Rio de Janeiro, que se sentia muito só e que as cariocas não davam bola pra ele.

Chegando no portão do meu apartamento, na hora da despedida, o homem me beijou. Eu nunca imaginei que o beijo dele era tão intenso. Fiquei preocupada com meu hálito após vômito e larguei seus lábios.

- Desculpa, eu não deveria ter sido tão atirado.
- Vamos esquecer isso, muito obrigada pela carona. - já estava abrindo a porta do carro, quando o homem desembesta a falar.
- Eu sei que o romance entre os funcionários está proibido na nossa empresa. Mas não consegui te resistir hoje. Você estava mais bonita que a noiva. Me dê mais uma chance, quero muito te conhecer melhor.

Antes que eu me arrependesse, fiz sinal para ele me seguir. Não conseguia falar nada e nem queria falar nada. Subimos mudo no elevador. Abri a porta do meu apartamento, fui direto ao banheiro e escovei os dentes. Quando voltei percebi que ele estava sem o paletó, me olhando com aquele jeito que me deixava louca de tesão.

Não pensei duas vezes (o álcool me ajudou bastante, pois sou tímida demais) e tirei meu vestido em pé de frente a ele. O homem veio que nem um touro atrás do toureiro. Foi tanto desejo. Mas depois não lembro de mais nada.

Acordei com ele ao meu lado, nós dois nus de conchinha. Faço um movimento e acordo ele. Minha vontade é me esconder. Porém, ele me dá um sorriso (até acordando este cara é um gato) que me deixa sem ação.

Devo ter feito uma cara muito preocupada, porque logo ele me responde:

- Não aconteceu nada entre a gente, você desmaiou logo depois que nos beijamos aqui no apartamento. Não gosto de transar com uma mulher que estava bêbada e desmaiada. Fiquei esperando para vê se você acordava, tirei a minha roupa, mas você realmente apagou e eu apaguei.

Porque ele estava sendo tão sincero? isso me deixava com mais desejo nele, então tentando me articular o melhor possível emendei.

- Acho que foi um erro ter chegado até aqui. Não deveríamos ter saído juntos da festa, você não deveria ter me beijado e muito menos subido. Confesso minha culpa, mas não estava no meu juízo perfeito. Eu posso ser mandada embora após esta noite e preciso muito do emprego.

- Desculpe, não quero que você perca seu emprego e nem quero perder o meu. Mas nunca desejei uma mulher como te desejei ontem e como estou desejando hoje. Mas se for realmente para eu perder o emprego, espero que não seja sem ter aproveitado esta noite ou este dia. Não negue seu desejo por mim, posso sentir nos seus beijos.

E aí, o homem pula em cima de mim e eu não tive como resistir. Tivemos a melhor transa matinal da minha vida. O sexo oral que ele fez foi algo indescritível. Gozamos feito dois animais. Fazia tempo que não sentia tão viva.

Ele brincou com meus cachos e disse no meu ouvido que queria passar o domingo ao meu lado. Que ele me levaria até a casa dele para ele se trocar e que nós passaríamos o domingo juntos. Fiquei preocupada de cruzar com algum conhecido e ele me garantiu que me levaria num lugar que ninguém nos conhecesse.

Sabia que onde ele morava poderia cruzar com alguém da empresa, mas como ainda estava cedo não encontramos ninguém. Ele me levou para conhecer a casa dos avós dele materno em Petropólis. Era um lugar lindo. A casa só tinha os empregados, pois estava à venda.

Andando de cavalo, ele começou a me contar que sempre me olhava, mas que nunca consegui perceber meu interesse. Mas no casamento, algo dizia para ele que deveria chegar em mim. Que ele estava pensando em ir embora do RJ e não gostaria de sair daqui com a dúvida de como eu seria.

Fiquei apavorada quando ele disse que ia embora, mas somente perguntei porque ele iria embora. Alex me respondeu que continuava se sentindo só e que estava disposto a abrir mão da carreira e tentar viver junto da família e dos amigos. Mas agora ele estava muito confuso, ele nunca tinha parado para pensar se a minha reação fosse de sair com ele.

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